A procura de automóveis elétricos não está a corresponder às expectativas na Europa, o que obriga vários construtores a reverem os seus planos de eletrificação traçando metas menos ambiciosas.
É o caso da Audi, que já desistiu de ter apenas modelos elétricos até 2032, continuando a ter também motores de combustão – que permanecem como cruciais na sua estratégia. O que não significa que os elétricos estejam descartados – de resto, mostrou recentemente o protótipo Audi Concept C, uma visão de um futuro roadster elétrico da marca dos quatro anéis.
Até porque no ano passado vendeu menos 7,8 por cento de viaturas elétricas face a 2023 (164.480 unidades) – isto apesar de também existir uma maior quota deste tipo de automóveis nas entregas (9,7 por cento).
Dados financeiros à parte, o seu diretor-executivo, Gernot Döllner, tem uma opinião muito positiva acerca dos elétricos. Segundo o Motor1.com, o dirigente disse à Wirtschaftswoche: “Não conheço nenhuma tecnologia melhor do que o carro elétrico para progredir na redução das emissões de CO2 nos transportes nos próximos anos. Mas, mesmo para além da proteção do clima, o carro elétrico é simplesmente a melhor tecnologia“.
Para além das metas internas que cada construtor pode definir, também é necessário responder aos objetivos climáticos da União Europeia. Por enquanto, 2035 mantém-se como o ano em que os novos veículos com motores de combustão deverão ser proibidos. Até lá, há metas intermédias a cumprir, incluindo uma média para o período 2025-2027.
Grupo Volkswagen investe na eletrificação
A Audi integra o Grupo Volkswagen, que tem uma forte aposta na mobilidade elétrica. A marca que lhe dá nome tem uma gama cada vez mais completa de viaturas 100 por cento elétricas (os ‘ID.’).
Por outro lado, está a desenvolver uma nova plataforma Scalable Systems Platform (SSP) que irá ter suporte para motores de combustão interna serem usados como geradores.
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