Sem categoria Volkswagen Golf elétrico deve ser adiado. Conheça os motivos

Volkswagen Golf elétrico deve ser adiado. Conheça os motivos


Depois de o Volkswagen e-Golf sair de cena, o construtor tem planos para uma nona geração totalmente elétrica do Golf. Os planos passavam por o ter no mercado até ao fim da década, mas ao que tudo indica foram atrasados em cerca de nove meses.

 

Segundo o Handelsblatt, o Grupo Volkswagen não vai começar a produzir o Golf e o T-Roc elétricos antes de 2030 – que deverão designar-se, respetivamente, ID.Golf e ID.Roc.

Em causa estão pressões orçamentais que obrigam a adiar as remodelações necessárias na fábrica de Wolfsburgo para produzir automóveis elétricos – afetando ambos os modelos. Mas também há questões ligadas à procura abaixo do esperado por carros elétricos no mercado.

Prevista está, igualmente, a deslocalização da produção do Golf de combustão de Wolfsburgo para o México algo que deveria acontecer até 2027, mas terá sido adiado.

A produção elétrica em Wolfsburgo não deverá acontecer antes de 2028, escreve o Handelsblatt, que cita fontes conhecedoras do assunto. A Volkswagen não teceu comentários oficialmente.

O exigente processo de reestruturação

No ano passado, a Volkswagen chegou a acordo com os trabalhadores para um vasto plano de reestruturação que prevê poupar quatro mil milhões de euros por ano. Este inclui levar a produção do Golf com motorização de combustão de Wolfsburgo para o México já em 2027 – calendarização que, ao que tudo indica, está agora adiada.

Ao mesmo tempo, a empresa dotará as instalações de Wolfsburgo da capacidade para produzir modelos elétricos: o futuro Golf elétrico, o ID.3, o Cupra Born e ainda “outro modelo com base na futura arquitetura de carros elétricos SSP” – que deverá ser a variante elétrica do T-Roc.

Toda a reestruturação implica despedimentos. As medidas preveem o corte de 35 mil empregos da Volkswagen na Alemanha até 2030. Segundo o site oficial da NASDAQ noticiou em junho, Gunnar Killian, diretor de relações humanas, terá comunicado à comissão de trabalhadores que cerca de 20 mil funcionários aceitaram sair voluntariamente.

Em junho passado, a líder da comissão de trabalhadores, Daniela Cavallo, revelou citada pela Reuters que a reestruturação pode levar a introduzir a semana de quatro dias de trabalho em Wolfsburgo temporariamente a partir de 2027.

De referir que Wolfsburgo tem registado uma alarmante quebra de produção na última década: foi de mais de um milhão de unidades em 2015 para cerca de 250 mil previstas este ano.

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