A Renault vai deixar de fabricar motores para a Fórmula 1 no próximo ano, com a Mercedes a fornecer a equipa do grupo – a Alpine. Mas isso não significa a saída dos franceses do campeonato.
No início de setembro, o novo diretor-executivo do Grupo Renault, François Provost, esteve no GP de Itália, onde afirmou ao Canal+ citado pela Reuters: “A minha visita pretende, sobretudo, reafirmar que vamos ficar na Fórmula 1. Vamos ficar na Fórmula 1 durante muito tempo“.
Recentemente, Steve Nielsen entrou na equipa como diretor de gestão, o que para o dirigente máximo da empresa “é um bom exemplo” do trabalho que tem sido feito na equipa.
François Provost falou do começo de “uma nova era” marcada não só pelo desempenho, como também pela estabilidade – num aspeto em que salientou o compromisso do piloto Pierre Gasly, que já garantiu a renovação até 2028: “É outro sinal muito positivo”, observou o CEO.
Época difícil para a Alpine
Em 2024, a Alpine – que, em termos de identidade, sucedeu em 2021 à equipa Renault – conquistou um duplo pódio no GP de São Paulo. A vitória mais recente da estrutura de Enstone remonta ao GP da Hungria de 2021.
Desempenhos contrastantes com os deste ano, em que a Alpine está no último lugar do Mundial de construtores com apenas 20 pontos. O melhor resultado até agora foi o sexto lugar de Pierre Gasly na Grã-Bretanha. O seu primeiro colega de equipa foi Jack Doohan, que não conseguiu pontuar – tal como Franco Colapinto, que o substituiu a meio da época.
No próximo ano, haverá um desinvestimento no projeto com o fim da produção própria de unidades motrizes – sendo a primeira vez desde 2000 que não haverá um motor Renault na Fórmula 1 (entre 1998 e 2000, os propulsores da marca foram renomeados Mecachrome).
Por outro lado, será uma temporada que constitui a oportunidade de fazer progressos significativos com um novo fornecedor de unidades motrizes e as novas regras que alteram consideravelmente o desenho dos monolugares.
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