Depois de 20 anos de atividade, Christian Horner saiu formalmente da Red Bull esta segunda-feira. Lá, exerceu o cargo de chefe de equipa na Fórmula 1 até julho passado. Em contrapartida, irá receber dezenas de milhões de euros.
A 9 de julho, o britânico tinha sido libertado dos seus compromissos operacionais na estrutura, mas a saída formal aconteceu apenas agora, depois de alcançado um entendimento entre as duas partes.
Segundo a BBC Sport, que cita fonte próxima da Red Bull, Christian Horner terá direito a uma compensação de 60 milhões de euros por sair da formação rubrotaurina a meio de um contrato que durava até 2030.
Não se sabe, em concreto, qual o período de afastamento obrigatório antes de assumir novas funções, mas o The Times escreve que poderá voltar ao ativo na primeira metade da época de Fórmula 1 de 2026.
Um total de 14 ‘coroas’ na Fórmula 1
Líder nos primeiros 20 anos da equipa, foi fundamental na sua implementação e desenvolvimento até se tornar numa das escuderias mais bem-sucedidas. Sob a sua ‘batuta’, foram seis títulos de construtores e oito de pilotos (ou seja, ao todo, 14), tal como 124 vitórias e um total de 287 pódios.
Ao longo de duas décadas, Christian Horner trabalhou com pilotos como os campeões Max Verstappen e Sebastian Vettel, mas também com Daniel Ricciardo, David Coulthard, Mark Webber ou Sergio Pérez.
Porém, desde 2024 que a sua posição começou a ficar cada vez mais fragilizada, entre uma investigação por alegado assédio sexual (na qual acabaria ilibado) e crescentes guerras de poder internas após o óbito de Dietrich Mateschitz em 2022. Entretanto, o desempenho da Red Bull também começou a quebrar, perdendo a posição dominadora de 2022, 2023 e 2024.
No lugar de Christian Horner ficou Laurent Mekies, que orientou a Red Bull pela primeira vez no GP da Bélgica – vindo da ‘irmã’ Racing Bulls.
O último agradecimento
Na hora da saída formal de Christian Horner, o diretor-executivo da Red Bull para projetos corporativos e investimentos, Oliver Mintzlaff, deixou um último agradecimento.
O dirigente afirmou em comunicado: “Gostaríamos de agradecer ao Christian pelo trabalho excecional ao longo dos últimos 20 anos. Com este compromisso incansável, experiência e pensamento inovador, ele foi vital em estabelecer a Red Bull Racing como uma das equipas mais bem-sucedidas e atrativas na Fórmula 1. Obrigado por tudo, Christian, e serás para sempre uma parte importante da história da nossa equipa”.
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