A Nissan Automotive Europe enfrenta o escrutínio do governo de França – que quer perceber se a empresa pagou a tempo aos fornecedores e terá pedido registos financeiros do ano passado.
Não há quaisquer acusações de irregularidades, garante a empresa – que diz estar “a cooperar totalmente com a autoridade em questão”.
Segundo a Reuters, numa carta o ministério da Economia de França terá informado a Nissan da revisão dos pagamentos aos fornecedores dentro dos prazos.
Esta ação insere-se num plano geral que quer garantir o pagamento regular das empresas aos fornecedores. Em França, há um prazo de 60 dias a contar da data do recibo, sob o risco de penalizações que podem ascender a dois milhões de euros.
A agência de notícias escreve que a informação constante na missiva refere, também, que no âmbito desta ação, a sede da Nissan para a Europa perto de Paris será alvo de uma inspeção prevista para dia 7 de outubro.
Agora, as operações europeias da Nissan terão de enviar os registos de contabilidade e pagamento de todo o ano de 2024, entre outros documentos, antes da inspeção às suas instalações. Se forem detetadas irregularidades, podem ser aplicadas multas pesadas.
Dificuldades na Nissan
A Nissan tem vindo a enfrentar momentos complicados, passando por um plano de reestruturação que inclui o fecho de sete das 17 fábricas ao nível global. Também está previsto o corte de cerca de 20.000 postos de trabalho.
Em junho passado, a Reuters revelou que o fabricante terá sugerido a fornecedores europeus (incluindo Reino Unido e União Europeia) o pagamento de verbas maiores caso aceitassem receber com atraso – por forma a gerir os fluxos monetários. Estas não são medidas invulgares.
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