Com a aposta crescente em automóveis elétricos e eletrificados e metas ambientais rigorosas, levantam-se dúvidas quanto ao futuro dos motores de combustão tradicionais.
Na BMW, o diretor para clientes, marcas e vendas, Jochen Goller, considera que a extinção não faz parte do cenário possível: “Os motores de combustão interna nunca irão desaparecer. Nunca“, disse numa entrevista à Autocar India.
Nem por isso o construtor alemão deixa de investir fortemente em motorizações alternativas. O BMW iX3 totalmente elétrico inaugura a era ‘Neue Klasse’, tendo sido apresentado no início do mês à margem da IAA Mobility em Munique.
Para 2028, está prevista a chegada do primeiro BMW a hidrogénio de produção em massa, mas também há espaço para motores convencionais. Mas o design não será específico de cada tecnologia, conforme referiu Jochen Goller: “Não podes desenhar um carro para os elétricos e outro para os motores de combustão interna”.
Setor adia planos de eletrificação
Enquanto há fabricantes com gamas iminentemente elétricas, outros adiam os seus planos de eletrificação total das respetivas gamas – como a Audi ou a Volvo.
Nos últimos dias, a Porsche anunciou o reajuste dos seus planos para carros elétricos, adiando o desenvolvimento de uma nova plataforma. Conta com um impacto negativo de 1,8 mil milhões de euros nos lucros operacionais já este ano.
Apesar dos objetivos ambientais ambiciosos da União Europeia, a procura por veículos elétricos não está a acelerar conforme se esperava, pelo que o setor automóvel acredita que os tradicionais motores de combustão vão ‘coabitar’ por mais algum tempo com motorizações eletrificadas.
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