Um ataque informático sério mantém a produção da Jaguar Land Rover interrompida há quase um mês, desde o fim de agosto – com natural impacto na cadeia de abastecimento. O governo britânico vai disponibilizar um apoio milionário.
Segundo um comunicado, a verba atinge 1,5 mil milhões de libras (cerca de 1,7 mil milhões de euros) para suportar não só o construtor automóvel, como também empresas da cadeia de fornecimento. Algumas delas, mais pequenas, estão numa situação alarmante de falta de dinheiro – dizendo a um comité parlamentar que tinham cerca de uma semana restante antes de ficarem sem dinheiro.
Empréstimo para salvar empresas e empregos
Segundo o ministro dos Negócios, Peter Kyle, o empréstimo financiado por “um banco comercial” e apoiado pela Garantia de Desenvolvimento de Exportações destina-se a reforçar as reservas da Jaguar Land Rover “para que esta possa apoiar a sua cadeia de fornecimento”
O pagamento será faseado ao longo de cinco anos. O secretário de Negócios e Comércio, Peter Kyle, defendeu que “esta garantia de empréstimo irá apoiar a cadeia de fornecimento e proteger empregos qualificados em West Midlands, Merseyside e pelo Reino Unido”.
O impacto nos fornecedores
Na semana passada, um inquérito da Câmara do Comércio de Black Country concluiu que várias empresas já começaram a reduzir horários laborais, pediram a funcionários para ficarem em casa ou até avançaram para despedimentos.
Foram abrangidas 84 empresas, que totalizam 29.700 funcionários, sendo que 44 por cento delas teve um impacto negativo “significativo”, entre perdas de receitas e custos mais altos. E 77 por cento teve “um impacto negativo” decorrente da crise desencadeada pelo ataque informático à Jaguar Land Rover.
Conhecida pelos seus carros de luxo, a Jaguar Land Rover é vital para o emprego nas áreas de Birmingham e Liverpool, fabricando cerca de 1.000 automóveis a cada dia entre três fábricas.
Entretanto, segundo a BBC, nos últimos dias começou um recomeço faseado das operações, incluindo o reativar de partes do sistema informático. No entanto, a produção nas fábricas vai manter-se interrompida, pelo menos, até ao início de outubro.
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