Sem categoria Líder da Ferrari e da Stellantis envolvido em batalha legal com a mãe

Líder da Ferrari e da Stellantis envolvido em batalha legal com a mãe


A divisão da herança de Gianni Agnelli dá que falar há muito tempo, mais de 20 anos depois da sua morte. Agora, há um novo capítulo do desentendimento legal que opõe o diretor-executivo da Exor e presidente da Ferrari e da Stellantis, John Elkann, e a sua mãe, Margherita Agnelli.

 

Esta quer uma fatia maior da herança do património – depois de ter recebido mais de mil milhões de euros no acordo sobre o património alcançado em 2004. Nessa altura, saiu do capital da Dicembre, cuja propriedade está agora em causa, segundo a ANSA.

Esta é a ‘holding’ que tem sob a sua alçada a Exor – que, por sua vez, controla a Ferrari e tem uma posição maioritária na Stellantis. Está na posse de Elkann e dos seus irmãos Lapo e Ginevra.

Acontece que Margherita Agnelli, mãe dos três, contesta a atribuição da propriedade. Considera que tem direito a uma parte maior, assim como Marella Caracciolo – a sua mãe e viúva de Gianni, que entregou 25,37 por cento da Dicembre a John Elkann.

‘Nova’ nota manuscrita

Um documento testamental de Gianni Agnelli datado de 1996 assim estipulava – e era o que estava disponível e era conhecido aquando da abertura do testamento em 2003. Agora, no âmbito de uma outra investigação judicial, terá sido encontrada uma nota manuscrita de 1998 assinada pelo falecido empresário que contraria essa vontade expressa dois anos antes.

Esta segunda-feira (29 de setembro), os advogados da filha do falecido milionário apresentaram a documentação em num tribunal de Turim. Nesta nota, Gianni Agnelli terá estipulado que cerca de 25 por cento da ‘holding’ deveria ser do outro filho – Edoardo (que morreu dois anos depois, em 2000).

E é assim que Margherita considera que, à luz destes novos dados, a mãe (Marella) deveria ter mantido e dividido entre ambas a parte que seria para Edoardo – após o falecimento prematuro deste.

No manuscrito de 1998, informa a agência ANSA, Gianni Agnelli terá expressado: “Tenho a certeza que os meus outros familiares, que já têm uma quota-parte do mesmo negócio, irão aceitar esta provisão minha sem objeção”.

A reação da defesa de John Elkann

Do lado de John Elkann, os advogados alegam que a nota de 1998 não tem qualquer influência e falam mesmo de uma iniciativa “mais voltada para gerar confusão mediática”.

Numa comunicação da defesa do atual empresário citada pela ANSA, pode ler-se: “Na altura, Edoardo já tinha falecido. Como consequência, as ações de Gianni Agnelli na Dicembre passaram para a esposa Marella e para a filha Margherita. A gestão da sucessão Agnelli foi, depois, definida, com o acordo de fevereiro de 2004, na sequência do qual Margherita saiu definitivamente do capital da Dicembre”.

Leia Também: Sindicato fala de quase 10.000 despedimentos na Stellantis em Itália

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