Depois de duas décadas, Christian Horner foi demitido do cargo de chefe de equipa da Red Bull na Fórmula 1, ficando com o seu futuro no campeonato em aberto. A Haas foi uma hipótese que considerou.
A demissão aconteceu em julho, mas só a meio de setembro é que o contrato foi oficialmente terminado – o que lhe terá valido uma compensação financeira de dezenas de milhões de euros, segundo a imprensa internacional especializada.
Nas últimas semanas, correram rumores sobre uma potencial ida para a Haas – eventualmente, com aquisição de uma parte da equipa. Agora, o chefe de equipa da formação americana, Ayao Komatsu, confirmou que existiu um contacto por parte de Horner: “Sim, é verdade que ele nos abordou. Depois, uma das nossas pessoas teve uma conversa exploratória”, disse o japonês, citado pela Sky Sports F1.
No entanto, Komatsu garantiu que as conversas ficaram-se por aí e recusou entrar em mais detalhes: “Nada foi mais longe. Está encerrado“.
Os 20 anos de Horner na F1
Christian Horner tem uma experiência como poucos na Fórmula 1 atual, ao liderar a Red Bull durante duas décadas. Em Milton Keynes, assistiu ao ‘nascimento’ da estrutura em 2005, sendo uma peça chave no percurso desde a implementação até a tornar e manter como uma estrutura vencedora.
Sob a sua batuta, foram alcançados oito títulos de pilotos (quatro de Sebastian Vettel e quatro de Max Verstappen) e sete de construtores.
Um dos pontos altos deste percurso foi a temporada de 2023, no qual a Red Bull alcançou o recorde de mais vitórias numa só temporada – 22 em 23 rondas. Os 15 triunfos seguidos entre o GP de Abu Dhabi de 2022 e o GP de Itália de 2023 são outro recorde.
Em apenas duas décadas, a Red Bull passou de ser uma equipa de meio do pelotão para se tornar numa das mais bem-sucedidas de sempre: é a quarta em número de triunfos, com 126 – apenas atrás de Ferrari (248), McLaren (201) e Mercedes (130).
São, pois, créditos atribuíveis ao trabalho de Horner na construção e desenvolvimento da Red Bull. No entanto, a saída também foi conturbada, surgindo num contexto de alegadas ‘guerras de poder’ internas.
Em 2024, existiram também acusações de assédio contra uma funcionária da Red Bull a afetarem a imagem pública do britânico – apesar de ter sido ilibado internamente e de a trabalhadora ter sido suspensa. Porém, em março passado, o De Telegraaf escreveu que a alegada vítima levou o caso ao Tribunal do Trabalho do Reino Unido, devendo ser julgado a partir de janeiro.
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