A saída de Oliver Blume do cargo de diretor-executivo da Porsche é cada vez mais uma certeza. O alemão exerce funções há dez anos, mas desde que assumiu a mesma posição no Grupo Volkswagen em 2022 as críticas dos investidores e funcionários sucederam-se.
Segundo um comunicado do fabricante de Estugarda, o antigo diretor-executivo da McLaren Automotive Limited, Michael Leiters “está disponível” para suceder a Oliver Blume. Assim, vão iniciar-se as negociações com o britânico que saiu da McLaren no início de 2025 depois de três anos.
Segundo a Bild, a sucessão terá sido discutida durante vários meses por um grupo liderado por Wolfgang Porsche – acionista maioritário e presidente do conselho de supervisão.
Michael Steiner é o atual o atual vice-presidente da Porsche. No entanto, os 61 anos de idade jogam contra si na sucessão, depois de este ano outros diretores de topo com idades em torno dos 60 anos terem sido substituídos por responsáveis mais novos. De resto, a Porsche assumiu estar numa “mudança de geração”.
Momento desafiante
Oliver Blume acumula os cargos de diretor-executivo da Porsche e do Grupo Volkswagen desde 2022. As críticas existiram desde cedo, mas têm vindo a subir de tom num momento desafiador.
Daniela Cavallo, líder do concelho de trabalhadores da Volkswagen, quer que a situação acabe, dizendo recentemente que o dirigente não pode liderar a empresa “a ‘part-time'”. Já outro dirigente da VW considera que chegou a altura de Oliver Blume se “focar numa tarefa”.
A Volkswagen passa por uma reestruturação, que envolve planos para despedir cerca de 35 mil funcionários na Alemanha nos próximos anos. Já a Porsche enfrenta uma acentuada quebra de procura dos seus automóveis. Recentemente, anunciou um adiamento da eletrificação, que leva a despesas extraordinárias de cerca de 3,1 mil milhões de euros só em 2025.
Leia Também: Porsche redefine estratégia e adia carros elétricos
