A Nissan vai fazer parceria com a BYD para um agrupamento (ou ‘pooling’) de emissões de dióxido de carbono em 2025 – enfrentando, assim, a rigorosa legislação da União Europeia.
Segundo um porta-voz da Nissan citado pela Automotive News Europe, o acordo anterior com a Renault terminou no fim de 2024. Foram, então, avaliadas potenciais colaborações e “a BYD foi escolhida devido à disponibilidade de créditos e competitividade geral“.
O fabricante chinês só vende modelos 100 por cento elétricos e híbridos plug-in na Europa – pelo que pode ter acesso a créditos de CO2 em excesso e comercializá-los.
Pelo contrário, a Nissan só vendeu 13.103 automóveis elétricos na Europa até ao fim de agosto, entre um total de 199 mil comercializados. Ou seja, os elétricos representam apenas 6,5 por cento das vendas – contrastantes com os cerca de 60 por cento da BYD.
A União Europeia facilita o cumprimento das metas de emissões regulamentadas ao permitir estes agrupamentos de emissões (‘pooling’, no termo Inglês). Muito resumidamente, as emissões de dois fabricantes passam a ser calculadas em conjunto, diminuindo o risco de incumprimento de um construtor que esteja mais perto da quota máxima.
Os regulamentos preveem que as metas consideram a média do período de três anos entre 2025 e 2027 – num relaxamento aprovado em março passado pela Comissão Europeia. Ainda assim, muitos construtores estão sob pressão para conseguirem cumprir e evitar sanções pesadas.
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