A celebrar o centenário do Phantom, a Rolls-Royce anunciou o Phantom Centenary Private Collection. Só vão ser produzidas 25 unidades desta versão comemorativa, com muito ouro na sua decoração.
Os engenheiros, designers e artistas da Rolls-Royce Bespoke Collective lançaram ‘mãos à obra’ para criar este automóvel, estudando a história do Phantom desde 1925. O exterior remete para os Phantom que marcaram o charme da era dourada de Hollywood.
Há uma decoração em dois tons: a parte lateral está em Super Champagne Crystal sob branco Arctic White, enquanto a parte superior surge em Super Champagne Crystal sob preto. A tinta incorpora partículas de vidro iridescente, que criam um efeito metálico.
À frente, a tradicional estatueta ‘Spirit of Ecstasy’ foi moldada em ouro maciço de 18 quilates e revestida a ouro de 24 quilates. A base tem um acabamento em esmalte vítreo branco, onde está inscrito o nome da coleção. O emblema ‘RR’ da marca é em ouro de 24 quilates e esmalte branco, encontrando-se na dianteira, traseira e nas laterais.
O interior luxuoso e artístico
Por dentro, encontra-se uma combinação de tecidos e de couro que remete para os luxuosos interiores do início da Rolls-Royce. Os bancos traseiros são inspirados nos do Phantom of Love de 1926, tendo três camadas de ‘storytelling’.
O fundo dos bancos faz referência a lugares e artefactos da história do Rolls-Royce Phantom, enquanto a segunda camada retrata os Phantom marcantes do passado. Já a terceira camada, com bordados, representa sete proprietários relevantes de cada uma das gerações do modelo. O desenvolvimento do tecido levou 12 meses e contou com a colaboração de um atelier de moda.
Quanto aos bancos da frente, em couro, mostram obras de arte gravadas a laser, com base em desenhos feitos à mão por um designer da Bespoke. Há uma gaivota, que faz referência ao nome de código do Phantom I de 1923, tal como um coelho que remete para ‘Roger Rabbit’, o nome de código que fez parte do relançamento da marca há 22 anos.
Obras de arte sobre rodas
A ‘Anthology Gallery’ é uma obra de arte a bordo do Rolls-Royce Phantom Centenary Private Collection. Trata-se de uma estrutura iluminada composta por 50 ‘barbatanas’ de alumínio escovado impressas a 3D com letras esculpidas a formarem citações de imprensa ao longo dos 100 anos de história do modelo.
O carro inclui painéis das portas com madeira preta, ilustrando algumas das viagens mais relevantes do Phantom ao longo das décadas – através de mapas, itinerários, paisagens, elementos florais e até motivos de carros experimentais.
A porta dianteira direita remete para as paisagens de West Wittering, onde Henry Royce tinha a sua residência de verão. A do lado esquerdo, remete para a viagem de mais de 7.240 km do primeiro Phantom da era Goodwood através do continente australiano.
Já as portas traseiras retratam a costa de Le Rayol-Canadel-sur-Mer em França e a flora nativa do sul do país – onde Henry Royce passava os invernos. O fundador também é representado através de uma secção da porta do passageiro traseira que recria um dos quadros a óleo da região.
As localizações das casas de Henry Royce estão marcadas numa única folha de ouro, enquanto as estradas que representam as viagens destacam-se em ouro de 24 quilates. O tejadilho com revestimento Starlight Headliner junta 440 mil pontos de luz e bordados, tendo referências a uma árvore do jardim de Henry Royce em West Wittering, árvores na sede de Goodwood e a abelhas – que fazem do Rolls-Royce Apiary a sua casa.
Dentro das constelações, existem homenagens aos Phantom históricos, incluindo o desenho de um pássaro que representa o ‘Bluebird’ – o Phantom II de Malcolm Campbell.
Em termos de motorização, o automóvel está equipado com um motor V12 biturbo de 6,75 litros, capaz de debitar 571 cv de potência e 900 Nm de binário. Está associado a uma caixa automática de oito velocidades e a cobertura do bloco tem decorações em ouro de 24 quilates.
O preço não foi revelado, mas a publicação britânica Autocar fala de 2,5 milhões de libras (o equivalente a cerca de 2,86 milhões de euros).
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