Entre junho e setembro, a Ford registou um novo recorde de receitas, ao encaixar 50,5 mil milhões de dólares – cerca de 43,5 mil milhões de euros. É uma subida de nove por cento face ao mesmo período do ano passado, com a empresa a dizer que “as receitas atingiram um recorde“.
Nestes três meses, o fabricante americano vendeu 1.156.000 viaturas, num acréscimo de seis por cento, para um total de janeiro a setembro que chega às 3.312.000 (mais um por cento).
As receitas da Ford cresceram três por cento nos primeiros nove meses deste ano, para 141,4 mil milhões de dólares. Do ponto de vista do resultado líquido, existiram ganhos de 2,4 mil milhões de dólares (mais 1,6 por cento) no terceiro trimestre e de 2,9 mil milhões de dólares nos nove meses (uma descida de 1,2 por cento face a 2024).
Os lucros antes de juros impostos (EBIT) ajustados ascenderam a 2,6 mil milhões de dólares entre junho e setembro, fixando-se em 5,7 mil milhões de dólares nos primeiros nove meses de 2025 – uma descida de 2,3 por cento por comparação com igual período do ano passado.
No fim deste terceiro trimestre, as contas da Ford registavam cerca de 33 mil milhões de dólares (28,4 mil milhões de euros) em caixa e 54 mil milhões de dólares (46,5 mil milhões de euros) em liquidez.
Diretor-executivo agradece a Donald Trump
Na conferência com investidores, citada no GuruFocus, o presidente e diretor-executivo da Ford, Jim Farley, destacou que a questão tarifária está, agora, mais favorável à empresa. Em causa, está o alargamento do crédito de 3,75 por cento à produção automóvel e de motores nos Estados Unidos da América. Este visa compensar as tarifas de importação aplicadas a componentes.
O dirigente afirmou: “Gostaria de agradecer ao presidente Trump e à equipa dele pelos recentes desenvolvimentos da política tarifária, que são favoráveis à Ford como o construtor automóvel mais americano”.
Incêndio em fornecedor condicionou projeções
O fabricante de Detroit teve um impacto negativo devido ao incêndio na fábrica de um importante fornecedor de alumínio – que deve custar entre 1,5 e 2 mil milhões de dólares, compensando em cerca de mil milhões de dólares até ao próximo ano.
Prevê-se a perda de produção de até 100 mil unidades nesta reta final do ano e, para compensá-la, espera aumentar a produção dos modelos F-150 e SuperDuty em 50.000 unidades durante 2026..
Na conferência com investidores, Sherry House esclareceu que, sem o incidente no fornecedor, as projeções de EBIT seriam superiores a oito mil milhões de dólares. Em vez disso, fixam-se nos 6 a 6,5 mil milhões de dólares.
Ainda assim, traduz-se numa revisão em alta, segundo a diretora financeira da empresa: “Se tivessem considerado a nossa projeção anterior de 6,5 a 7,5 mil milhões de dólares e tirassem 1,5 a 2 mil milhões de dólares, teríamos uma projeção de 5 a 5,5 mil milhões de dólares. Então, de facto, temos progresso no nosso negócio. Deve-se, em parte, às melhorias tarifárias“.
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