Depois de Tim Mayer desistir, Laura Villars está determinada em levar a sua candidatura à presidência da FIA até ao fim. E anunciou uma ação judicial contra a entidade federativa devido aos requisitos necessários para se candidatar.
As regras estipulam que qualquer candidatura tem de ser acompanhada por uma lista dos possíveis vice-presidentes para o desporto de cada uma das seis regiões globais da FIA.
Acontece que há só uma candidata válida da América do Sul – que já está ao lado do atual presidente – o muito contestado Mohammed Ben Sulayem, que se volta a candidatar ao cargo. Isso levou Tim Mayer a retirar-se da corrida, acusando o organismo de uma “ilusão de democracia”.
Mas Laura Villars não quer desistir. A também piloto explicou à BBC Sports que interpôs uma ação num tribunal em Paris para suspender as eleições marcadas para 12 de dezembro até haver uma decisão: “Este procedimento pretende garantir que as eleições presidenciais da FIA […] respeitam os estatutos próprios da organização e princípios democráticos fundamentais”, disse.
A pretendente ao cargo de liderança esclareceu também que a ação legal deve-se ao artigo 1.3 dos estatutos, que ditam o “respeito dos mais altos padrões de governação, transparência e democracia”. Também considera o facto de a FIA estar sujeita à lei francesa.
No entender de Laura Villars, é uma ação “responsável e construtiva para salvaguardar a transparência, ética e pluralismo“.
A 10 de novembro, haverá uma audição de mediação em tribunal. A pretendente à presidência da FIA compromete-se a comparecer com abertura e em “boa-fé”, esperando que sirva para “levar a um diálogo sincero, em prol de uma FIA que seja mais moderna, justa e ligada aos seus membros”.
Já Robin Binsard, advogado de Laura Villars, considera que a intimação de emergência autorizada pelo tribunal demonstra que este “está a levar a sério as graves falhas democráticas dentro da FIA”, assim como as violações de estatutos e regulamentos que foram denunciadas.
Se esta ação judicial for bem-sucedida, as eleições para a presidência da FIA poderão mesmo ficar em suspenso e não se realizarem em dezembro como programado – tendo de esperar até à conclusão de uma eventual investigação.
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