A Volkswagen defende que a solução para a situação da Nexperia é política e não técnica, através do seu diretor financeiro, Arno Antlitz. O fornecimento de ‘chips’ está a ser posto em causa, o que pode afetar a indústria automóvel.
Na apresentação dos resultados do terceiro trimestre da Volkswagen, numa conferência com analistas, Antlitz considerou que “são necessárias discussões políticas“.
No entanto, o CFO recusou-se a comentar se é a Europa ou os EUA que devem conduzir as conversações.
Na apresentação dos resultados da Mercedes-Benz, na quarta-feira, o presidente do conselho de administração do grupo, Ola Käällenius, também disse que a solução para a atual escassez de ‘chips’ é política.
O grupo Volkswagen tem garantido, até ao final da próxima semana, a produção na Alemanha das suas marcas VW, Audi, Porsche e veículos comerciais, apesar da escassez de ‘chips’ devido a problemas de abastecimento da empresa holandesa Nexperia, depois de o governo ter assumido o controlo da empresa.
Antlitz acrescentou hoje que as decisões sobre a produção são tomadas semana a semana.
Os problemas de abastecimento da Nexperia, que foi fundada como subsidiária da Philips, mas posteriormente adquirida por uma empresa chinesa, começaram após o governo holandês ter assumido o controlo para impedir a transferência de tecnologia e conhecimento para o país asiático.
Posteriormente, a China interrompeu as exportações de ‘chips’ da Nexperia, que não é um fornecedor direto do grupo Volkswagen, mas alguns dos seus componentes são usados em peças de veículos fornecidas àquele grupo.
Até agora, a escassez de fornecimentos da Nexperia não afetou a produção da Volkswagen na Alemanha.
A produção de automóveis nas fábricas alemãs está garantida esta semana.
Na sexta-feira, 31 de outubro, a produção será interrompida, mas porque é feriado nos estados federados da Baixa Saxónia e da Saxónia.
Antlitz disse também que têm muita experiência com semicondutores devido à crise de fornecimento de ‘chips’ que ocorreu durante a pandemia.
O administrador do grupo Volkswagen considerou que é demasiado cedo para analisar o efeito que os avanços nas negociações comerciais entre o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o Presidente da China, Xi Jinping, podem ter no fornecimento de ‘chips’.
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