A atravessar um período complicado, a Nissan estima prejuízos de 275 mil milhões de ienes no final do ano fiscal atual que termina em março – o equivalente a cerca de 1,55 mil milhões de euros. A primeira previsão de resultados foi divulgada esta sexta-feira, 31 de outubro.
O terceiro maior fabricante automóvel japonês publicou previsões financeiras anuais antes da apresentação dos resultados financeiros do primeiro semestre fiscal (abril-setembro), prevista para a próxima quinta-feira, 06 de novembro.
A empresa japonesa absteve-se de emitir previsões financeiras no relatório anterior de julho, citando a incerteza sobre o impacto nas contas das tarifas norte-americanas sobre os motores.
Nas previsões publicadas hoje relativas ao ano fiscal em curso, que terminará no final de março de 2026, a Nissan previu ainda receitas anuais de 11,7 biliões de ienes (65,75 mil milhões de euros), o que, a confirmarem-se, representará uma diminuição de 7,4 por cento em relação ao ano anterior, mas evitou emitir uma previsão sobre o resultado líquido.
As previsões “refletem as dificuldades previstas no segundo semestre devido a riscos na cadeia de abastecimento, volatilidade cambial, tarifas e outros fatores externos”, indicou a empresa num comunicado.
No que diz respeito ao primeiro semestre do exercício, cujo relatório será publicado na próxima semana, a Nissan melhorou as previsões.
A empresa espera registrar um lucro operacional de 50 biliões de ienes (280 milhões de euros) no trimestre encerrado em 30 de setembro e um prejuízo operacional de 30 biliões de ienes (169 milhões de euros) nos primeiros seis meses do exercício.
No que diz respeito à faturação, a Nissan manteve as estimativas.
“Embora os resultados do primeiro semestre reflitam lucros temporários e a recuperação do investimento, graças às iniciativas de redução de custos, prevemos um ambiente competitivo desafiante no segundo semestre, riscos na cadeia de abastecimento e a sazonalidade do negócio”, afirmou o diretor financeiro da Nissan, Jeremie Papin, citado no texto.
A Nissan registou perdas líquidas de 115,8 mil milhões de ienes (651 milhões de euros) entre abril e junho, no primeiro trimestre fiscal, após registar perdas líquidas de 670,9 mil milhões de ienes (3,37 mil milhões de euros) no exercício de 2024.
A fabricante japonesa atravessa uma situação financeira delicada devido à queda nas vendas nos Estados Unidos e na China, e está imersa numa reestruturação das operações, no âmbito da qual já anunciou que fechará sete das 17 fábricas e cortará 20.000 empregos a nível global nos próximos anos.
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