Sem categoria ‘Kei cars’ europeus por 20.000€? UE deve fazer anúncio em dezembro

‘Kei cars’ europeus por 20.000€? UE deve fazer anúncio em dezembro


Em dezembro, a Comissão Europeia deverá anunciar a criação de uma nova categoria de carros elétricos acessíveis e de pequenas dimensões – uma espécie de ‘kei cars’ europeus, ‘democratizando’ o acesso ao meio de transporte. E, mais importante, para fazer face à pressão criada pela concorrência chinesa que está a ser um desafio significativo para o setor automóvel da Europa.

 

De acordo com a agência Reuters, estes veículos deverão ficar posicionados, em termos de dimensões, entre os quadriciclos e os atuais automóveis. Ficarão dispensados do uso de alguns equipamentos tecnológicos e de segurança – o que, consequentemente, permitirá uma produção mais simples e a prática de preços mais competitivos.

Stéphane Sejourne, comissário europeu para a Indústria, explicou esta terça-feira (4 de novembro) durante o Dia da Indústria Automóvel em Paris: “O objetivo para os fabricantes é introduzir no mercado novos veículos pequenos com preços entre 15 mil e 20 mil euros, e como os constrangimentos regulatórios também são um fator para o preço, vamos criar este enquadramento regulatório“.

As linhas gerais deverão ser anunciadas no próximo dia 10 de dezembro, segundo o governante comunitário.

Enfrentar concorrência da China

Para já, o que é certo é que esta categoria de carros feitos na União Europeia, para a União Europeia, englobará modelos que serão não só mais acessíveis e pequenos, como também totalmente elétricos.

Os modelos chineses – habitualmente mais acessíveis e com características técnicas competitivas – têm vindo a ganhar cada vez mais espaço no mercado europeu.

Os fabricantes do ‘Velho Continente’ têm vindo a pedir que os regulamentos da UE mudem, por forma a facilitar o desenvolvimento de pequenos elétricos.

É o caso da Stellantis, cujo presidente John Elkann disse em junho passado que a Europa precisa dos seus ‘kei cars’. E sublinhou: “Se o Japão tem um ‘kei car’, que é 40 por cento do mercado, não há motivo para a Europa não dever ter um ‘e-car’“.

Na altura, o diretor-executivo da Renault, François Provost, defendeu o mesmo: “Pequenos carros são uma bolsa de crescimento que não se pode, nem deve, ignorar neste momento”.

Já nos últimos dias, o mesmo dirigente sugeriu o congelamento dos regulamentos durante dez a 15 anos, para que os fabricantes possam “otimizar verdadeiramente os custos”.

Leia Também: Fabricantes chineses podem ‘salvar empregos na Europa, diz Carlos Tavares

Related Post

Generated by Feedzy