Através de aspetos como as suas estratégias de mercado, apelo tecnológico, experiência em baterias e automóveis elétricos e preços competitivos, os construtores chineses têm vindo a ganhar cada vez mais espaço no mercado europeu. Para os fabricantes ‘nativos’, isso constitui uma ameaça.
Citado pela agência Reuters, o presidente e diretor-executivo da BMW na Hungria, Hans-Peter Kemser, afirmou: “A China constitui um desafio muito significativo, todos nós podemos concordar com isso. Temos também de ver que os construtores chineses estão a chegar à Europa. Isso é um facto“.
A Hungria, mais concretamente Debrecen, é a ‘casa’ da nova fábrica da BMW – de onde saem os novos iX3 da ‘Neue Klasse’, uma forte aposta do construtor para o futuro da sua gama. Por outro lado, no mesmo país vai funcionar uma fábrica da chinesa BYD em Szeged.
Também a Audi tem operações naquele país de leste, e o diretor-executivo da unidade, Michael Breme, salientou que os construtores europeus precisam de vender na China – onde estão a ser ‘engolidos’ pelos locais. E, para cumprir os objetivos, serão necessárias “novas estratégias”, disse o responsável.
No ano passado, a União Europeia implementou tarifas pesadas sobre os automóveis 100 por cento elétricos importados da China, numa tentativa de proteger a indústria local.
Por outro lado, há agora planos para criar pequenos carros elétricos acessíveis produzidos na Europa – que custem entre 15 mil e 20 mil euros, disse o comissário europeu para a Indústria, Stéphane Sejourne, citado pela Reuters. Esta é outra tentativa de Bruxelas para combater a concorrência chinesa.
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