A 72.ª edição da maior competição desportiva da região semiautónoma chinesa vai decorrer entre 13 e 16 de novembro, pelo segundo ano consecutivo sem Grande Prémio de F3, substituído pela Taça do Mundo da Fórmula Regional F3.
O Grande Prémio de F3, inaugurado em 1983 no território e ganho nesse ano pelo piloto brasileiro Ayrton Senna, era a principal prova do automobilismo em Macau.
“Há muitos pilotos profissionais e famosos de F1 que também cresceram aqui, em Macau. E acho que isto também é o que nós estamos a continuar a fazer, que aqui continuem a crescer bons pilotos que podem chegar até à F1”, sublinhou aos jornalistas a coordenadora da Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau, Lei Si Leng.
Disputado no icónico traçado citadino de 6,2 quilómetros, o Grande Prémio é considerada uma das provas automobilísticas mais perigosas do mundo, uma vez que, em alguns pontos, o circuito da Guia não vai além dos sete metros de largura.
“Todos os que podem passar aqui o teste do circuito da Guia são muitos bons e podem ser pilotos profissionais”, garantiu Lei, que é também presidente substituta do Instituto de Desporto.
A segunda edição da Taça do Mundo da Fórmula Regional F3 vai contar com seis pilotos, todos entre os 17 e 21 anos, que fazem parte dos programas de desenvolvimento das construtoras da F1.
A lista inclui o vencedor de 2024, o norte-americano Ugo Ugochukwu (McLaren), assim como Enzo Deligny e Mattia Colnaghi (Red Bull), Mari Boya (Aston Martin), Rashid Al Dhaheri e Noah Stromsted (Mercedes).
Após inaugurar uma exposição, numa das principais praças de Macau, de alguns dos automóveis que vão disputar a Taça do Mundo da Fórmula Regional F3, Lei Si Leng desvalorizou a mudança de nome.
“Se calhar é por causa desta palavra, ‘regional’, que está a limitar o que nós estamos a esperar” da prova, lamentou a coordenadora da Comissão Organizadora.
Lei Si Leng garantiu que a Federação Internacional do Automóvel (FIA) continua a selecionar para correr em Macau “os jovens que querem, que gostam, que têm potencial para serem bons pilotos”.
Por outro lado, a organizadora defendeu o impacto do Grande Prémio na promoção no exterior do território, cuja economia é altamente dependente do turismo e dos casinos.
“Não digo toda a gente, mas muita gente no mundo sabe de Macau por causa do Grande Prémio de Macau. E eu acho que é um evento que nós devemos continuar [a organizar]”, disse Lei.
A dirigente garantiu que tem procurado reduzir os inconvenientes causados pelo evento numa das cidades mais densamente povoadas do mundo, com quase 690 mil pessoas em apenas 33 quilómetros quadrados.
Por outro lado, a organização tem procurado atrair mais jovens locais, para que “eles também fiquem orgulhosos por terem este Grande Prémio de Macau”, referiu Lei.
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