Ogier, que busca o nono título mundial da carreira, concluiu a prova nipónica com o tempo de 3:21.08,9 horas, batendo o britânico Elfyn Evans (Toyota Yaris) por 11,6 segundos, com o finlandês Sami Pajari (Toyota Yaris) a ficar em terceiro, a 2.16,6 minutos, naquele que foi o melhor resultado da carreira do jovem piloto, de 23 anos.
O derradeiro dia de prova ficou marcado pela chuva, que alterou as condições de aderência nas estradas japonesas – estreitas e sinuosas -, o que custou um erro e a desistência ao francês Adrien Fourmaux (Hyundai i20), quando era terceiro classificado.
Fourmaux bateu numa proteção e arrancou mesmo uma das portas do Hyundai, acabando por desistir pouco depois, promovendo Pajari ao pódio pela primeira vez na sua carreira.
Lá na frente, Evans entrou ao ataque, pressionando a liderança de Ogier logo no primeiro dos seis troços do dia, mas o ritmo alto provocou alguns sustos ao piloto galês.
Ogier aguentou a pressão, mudou as afinações do seu Yaris para se adaptar às alterações atmosféricas, e garantiu a pontuação máxima. Venceu a prova, foi o mais rápido no super-domingo (cinco pontos extra) e venceu a power stage (última especial da prova), somando outros cinco pontos extra.
Tudo somado, Ogier recuperou 10 dos 13 pontos que tinha de atraso para Elfyn Evans no campeonato, chegando à última corrida, na Arábia Saudita (uma estreia no campeonato), com apenas três pontos de atraso e a bastar vencer – algo que já fez por seis vezes esta época – para igualar os nove títulos do compatriota Sébastien Loeb.
“Obviamente, é o resultado perfeito. Foi um fim de semana difícil porque, com a chuva, tudo ficou incerto. Esta manhã parecia que estávamos a começar um novo rali”, frisou Ogier, esperando que a derradeira prova “não seja uma lotaria”.
O estónio Ott Tänak foi o melhor dos pilotos Hyundai, na quarta posição, enquanto o finlandês Kalle Rovanperä (Toyota Yaris), vítima de um erro na sexta-feira, ainda recuperou até ao sexto lugar final, conseguindo manter-se na luta pelo título.
Evans tem, agora, 272 pontos contra 269 de Ogier e 248 de Rovanperä, quando estão ainda 35 em disputa.
Fora destas contas ficou já o estónio Tänak, campeão em 2019, que anunciou, depois de finalizada a prova nipónica, que deixa o Mundial de Ralis a tempo inteiro para “dedicar mais tempo à família”, abrindo a porta a participações esporádicas, como fizeram Ogier ou Rovanperä.
A derradeira prova, na Arábia Saudita, decorre de 26 a 29 de novembro.
