Sem categoria General Motors quer ser menos dependente da China e está a tomar medidas

General Motors quer ser menos dependente da China e está a tomar medidas


A recente crise dos chips da Nexperia voltou a mostrar que a indústria automóvel tem uma forte dependência de componentes e materiais originários da China – arriscando mesmo paralisar as suas atividades em situações mais complicadas.

 

Tendo em conta este contexto, vários construtores procuram tornar-se menos dependentes. É o caso da General Motors, que já está a agir. Citada pela Reuters, a diretora-executiva da empresa, Mary Barra, disse em outubro na conferência com investidores: “Temos trabalhado há alguns anos para ter resiliência na cadeia de abastecimento”.

Já o diretor de aquisições globais, Shilpan Amin, salientou a importância de ter mais controlo na cadeia de fornecimento, de modo a não ter situações inesperadas.

De acordo com a mesma agência de notícias, que cita quatro pessoas por dentro do assunto, o conglomerado automóvel americano terá dito a fornecedores para encontrarem alternativas à China e eliminarem aquele país das suas cadeias de abastecimento de peças e de matérias-primas. O prazo acaba em 2027 para alguns.

O objetivo é que os fornecedores tirem completamente as respetivas cadeias de abastecimento da China – que domina no setor dos semicondutores e terras raras. E este não é o único país incluído na diretiva da empresa, que também abrange territórios como a Rússia e a Venezuela – que estão sob restrições comerciais dos Estados Unidos da América.

Mas esta não é a única medida da GM para reduzir a dependência da China: antes, já tinha feito parceria com uma empresa americana, investindo numa mina de lítio no estado do Nevada para a produção de baterias para os seus futuros modelos elétricos.

Já no final de 2024 que a General Motors tinha emitido esta diretiva – que, agora, ganhou uma nova força de necessidade depois das tensões e desentendimentos comerciais dos últimos meses.

Posto isto, reconfigurar a cadeia de fornecimento é um trabalho que pode demorar vários anos. Collin Shaw, que dirige a Associação de Fornecedores de Veículos MEMA, disse à Reuters: “Em alguns casos, isto estava a acumular-se há 20 ou 30 anos, e estamos a tentar desfazê-lo em poucos anos. Não vai acontecer tão rápido”.

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