A Nissan vai extinguir 87 postos de trabalho no seu escritório europeu em Montigny-le-Bretonneux (França). A maioria destes estavam já preenchidos.
O construtor japonês passa por um período de aperto, com fortes quebras de lucros e vendas e aumento de prejuízos, o que já obrigou a avançar para um plano de reestruturação.
De acordo com a agência Reuters, a informação consta de um documento e e-mails internos do fabricante automóvel. Grande parte dos empregos em causa são relativos à área de marketing.
Quando, em outubro, foi alcançado um acordo com os sindicatos para a extinção destes postos de emprego, 64 deles estavam preenchidos, segundo o mesmo órgão. No entanto, como também foram criados 34 novos cargos e vagas para apoiar à reestruturação, haverá menos despedimentos.
Numa primeira fase, existirá um programa de saídas voluntárias, e só se este falhar é que vão existir despedimentos – que podem começar em fevereiro do próximo ano.
Os afetados não vão ser deixados sem suporte. Poderão optar por transferência interna com apoio de 5.000 euros ou procurar um emprego noutro lado com ajuda de uma agência e até dois anos de licença para recolocação dependendo da idade.
A empresa justificou a medida: “É guiada pela necessidade de refletir a realidade do ambiente empresarial atual e de resolver desafios específicos na Nissan“.
As instalações de França dão emprego a cerca de 570 pessoas, estando encarregues das operações não só na Europa, como também em África, no Médio Oriente, Índia e na Oceania.
O plano de reestruturação da Nissan, anunciado pelo diretor-executivo Ivan Espinosa em maio passado, prevê o encerramento de sete das 17 fábricas ao nível global e uma redução de 15 por cento de funcionários. Também já vendeu a sua sede em Yokohama, embora continue a usufruir do espaço através de um acordo de arrendamento.
Leia Também: Reestruturação vale prejuízos acima de mil milhões de euros à Nissan
