Os dois parceiros indicaram, num comunicado conjunto, que o investimento servirá, em primeiro lugar, para pôr em marcha uma nova plataforma de tecnologia de emissões zero e de baixas emissões, que será a base para dois novos modelos de automóveis a produzir na fábrica Ayrton Senna, em Curitiba, na segunda metade do próximo ano.
Também na segunda metade de 2026 será lançado um modelo Renault nessa unidade, onde será posta em funcionamento, em 2027, outra plataforma de tecnologia de emissões zero.
A Renault e a Geely recordaram que estabeleceram uma série de projetos de cooperação global, entre os quais se incluem um investimento conjunto na divisão da Renault na Coreia do Sul e a criação da Horse Powertrain, uma filial dedicada a tecnologias de propulsão híbrida e de combustão.
A concretização destes investimentos chega apenas duas semanas depois de ter sido anunciada a entrada da Geely no capital da Renault no Brasil, com 26,4%, para dar ao grupo chinês acesso ao complexo industrial de Curitiba, ao seu centro de engenharia e à rede de concessionários.
Segundo os dois grupos, com a filial comum batizada Renault Geely do Brasil, o objetivo é “combinar as suas forças industriais, tecnológicas e comerciais” para acelerar o desenvolvimento das marcas no Brasil e posicionar-se “na vanguarda da transição da indústria para a mobilidade de emissões zero e de baixas emissões, com os mais elevados padrões tecnológicos”.
A Renault detém uma quota de mercado que ronda os 5% no Brasil e da sua fábrica saíram, no ano passado, 188 mil veículos (a capacidade é de cerca de 400 mil), parte dos quais também destinados a outros países latino-americanos, principalmente a Argentina e a Colômbia.
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