Sem categoria Estudo sugere que baterias de carros elétricos duram e trocas são raras

Estudo sugere que baterias de carros elétricos duram e trocas são raras


As baterias dos carros elétricos, como as de outros aparelhos, desgastam-se à medida que o tempo passa. Cientistas da Recurrent Auto, nos Estados Unidos da América, observaram mais de 30 mil viaturas, estudando a evolução da degradação das baterias.

 

A empresa de Seattle explicou que recorreu a “observações telemáticas, dados de carregamento e machine learning para prever como a autonomia irá mudar ao longo do tempo”.

Ressalva que disponibilidade de autonomia e degradação da bateria não são conceitos sinónimos. Ou seja, a bateria envelhece com a idade independentemente da disponibilidade de autonomia que ainda tem. A Recurrent Auto explica que os construtores automóveis podem recorrer a atualizações de software para disponibilizar bateria de reserva ao longo do tempo, mitigando o desgaste.

Depois de três anos, há cinco marcas cuja autonomia disponível continua a 100 por cento da original – Cadillac, Hyundai, Mercedes-Benz, Mini e a Rivian. Destas, apenas a Rivian é apenas dedicada exclusivamente a automóveis elétricos.

A Ford ficou muito próxima (99,9 por cento), enquanto a Nissan está a meio da tabela (98,4 por cento). Na parte inferior do gráfico surgem, com 90,8 por cento, a BMW e a Jaguar. O que, mesmo assim, ainda é muita capacidade.

O processo de degradação das baterias de iões de lítio não é uniforme: pode haver uma notória degradação inicial, seguida por um longo período estável (no qual se encontram a maioria dos automóveis que circulam atualmente) antes de uma forte quebra quando o fim de vida se aproxima.

Garantia indica a vida útil?

Segundo a Recurrent, é possível ter uma ideia sobre a vida útil esperada da bateria de um carro elétrico através da garantia dada pelos fabricantes.

São dados dois exemplo. O Tesla Model 3 Standard Range surge, nos Estados Unidos da América, com garantia de 70 por cento da capacidade original da bateria num espaço de oito anos ou cerca de 160 mil quilómetros. Já os Hyundai elétricos estão associados a garantias para 70 por cento da capacidade de dez anos ou cerca de 160 mil quilómetros.

Substituição da bateria é rara

O estudo da Recurrent concluiu que os automóveis elétricos mais antigos, de primeira geração, registam mais casos de necessidade de substituir as baterias – o que acaba por ser natural, não só tendo em conta a idade, como também a tecnologia que não é tão avançada como a atual.

Em todo o caso, fora de campanhas de recolha, “foram substituídas menos de quatro por cento” das baterias, numa estatística que segundo a consultora também abrange carros com mais de dez anos. Há três grandes causas de substituição de baterias: degradação normal, danos ou defeitos de fabrico.

Na amostra analisada, a Recurrent verificou que a maior incidência de trocas de baterias (8,3 por cento) diz respeito a automóveis produzidos entre 2011 e 2016, seguindo-se os que foram fabricados entre 2017 e 2021 com dois por cento. Já os modelos dos últimos três anos registam apenas 0,3 por cento de taxa de troca de bateria.

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