Um dos carros elétricos que o Grupo Volkswagen produz na China é o Cupra Tavascan. E, tal como os de outros de outros fabricantes que são importados desde aquele país, está sujeito a tarifas pesadas impostas pela União Europeia (UE). Mas pode estar para chegar um alívio.
A Comissão Europeia está a rever o caso do grupo alemão, conforme anunciou esta quinta-feira (4 de dezembro) no seu Jornal Oficial: “Decidiu, por sua própria iniciativa, encetar uma revisão interina parcial às medidas anti-subsídio aplicáveis a importações de novos veículos elétricos concebidos para o transporte de pessoas, originários da República Popular da China”.
Conta Bruxelas que “recebeu uma proposta de compromisso” da Volkswagen Anhui – onde é produzido o Cupra Tavascan – com “provas suficientes quanto aos critérios” definidos para revisão.
No entanto, o procedimento da investigação poderá levar 12 a 15 meses desde a data de publicação em jornal oficial. Atualmente, o Cupra Tavascan
Em cima da mesa, está a possibilidade de isentar o Cupra Tavascan de 20,7 por cento de tarifas de importação, sob garantias de uma quota anual de importação e de um preço mínimo de importação.
Um porta-voz esclareceu à agência Reuters que as entidades “trabalharam intensivamente para garantir que a proposta feita cumpre com todos os requisitos”.
No ano passado, a UE estabeleceu tarifas elevadas de até 45 por cento sobre carros elétricos importados da China, numa medida que pretendeu proteger os fabricantes europeus perante os pretensos subsídios estatais que os construtores chineses recebem no seu país.
No entanto, a medida não agradou, com a BMW e a Mercedes-Benz, por exemplo, a recearem que esta política comercial tenha um impacto negativo nas suas vendas num mercado tão importante como o da China.
Wayne Griffiths, que na altura da introdução das tarifas mais elevadas ainda era diretor-executivo da Cupra, disse então citado pelo Automotive News Europe: “Isto põe todo o futuro financeiro da empresa em risco. A intenção foi proteger a indústria automóvel europeia mas, para nós, está a ter o efeito contrário”.
