Numa altura em que se discute na Europa se o futuro deve ou não ser totalmente elétrico já a partir de 2035, um estudo conclui que os motores de combustão estão a recuperar popularidade global. Os elétricos seguem um caminho diferente.
O relatório da Ernst & Young, citado pela agência Reuters, indica que metade dos compradores planeiam comprar um veículo com motor de combustão – novo ou usado – nos próximos dois anos. Em 2024, esta percentagem era de apenas 13 por cento.
A preferência por modelos 100 por cento elétricos baixou de 10 para cinco por cento, mas os híbridos ganharam popularidade (de 14 para 16 por cento).
O ceticismo acerca das infraestruturas necessárias e dos custos, tal como as guerras comerciais recentes e reversão de políticas de incentivo (como aconteceu com Donald Trump nos Estados Unidos da América) podem ser motivos.
Na Europa, a adoção de carros elétricos está a avançar a um ritmo mais baixo do que o esperado. E, entre aqueles que os pretendem vir a comprar, 36 por cento pondera voltar atrás ou atrasar a aquisição tendo em conta o atual cenário geopolítico mundial.
O que dizem os dados de mercado?
Os mais recentes números da Associação Europeia dos Construtores Automóveis (ACEA) mostram que que as vendas de carros elétricos cresceram 25,7 por cento entre janeiro e outubro na União Europeia, por comparação com igual período de 2024. Considerando também os países EFTA e o Reino Unido, o crescimento é superior, de 26,2 por cento.
Por oposição, os carros a gasolina quebraram 18,3 e 19,9 por cento, respetivamente, ao passo que no caso do diesel as descidas foram de 24,5 e 30,6 por cento.
Nos primeiros dez meses de 2024, os automóveis elétricos estavam a perder nas vendas na Europa, acontecendo o mesmo com os veículos a diesel e gasolina. Nessa altura, o crescimento era dos híbridos elétricos (a rondar os 20 por cento).
