Sem categoria CEO da Volvo: “É preciso encarar os chineses de frente e competir”

CEO da Volvo: “É preciso encarar os chineses de frente e competir”


Atualmente, ainda está previsto que a partir de 2035 seja proibido vender novos carros de combustão na Europa. No entanto, a União Europeia poderá vir a flexibilizar as medidas de descarbonização – sentido no qual têm vindo a pressionar o chanceler alemão e alguns construtores.

 

A Volvo é um daqueles que mais aposta na eletrificação, pelo que não concorda com mudanças de rumo. O seu diretor-executivo, Hakan Samuelsson deixou-o claro numa recente entrevista ao The Guardian.

No entender do dirigente, não há urgência numa decisão, uma vez que há tempo. E não considera haver lógica em abrandar a transição para carros elétricos, tendo até dado o exemplo dos cintos de segurança em que a Volvo foi pioneira: “Se não fossem obrigatórios, provavelmente tínhamos 30 por cento dos nossos carros sem cintos de segurança“.

Outro exemplo prestado foi o caso dos conversores catalíticos, que também considera que não seriam adotados caso não fossem obrigatórios tendo em conta os custos associados.

Hakan Samuelsson defende que a distância para os construtores chineses vai aumentar se os fabricantes europeus abrandarem as suas estratégias de eletrificação: “É preciso encará-los de frente e competir com eles“, frisou.

O líder da Volvo entende que as fábricas europeias dos construtores chineses ficarão em países onde o custo da mão-de-obra é barato, arranjando assim uma forma de contornar as tarifas.

De referir que Friedrich Merz pede uma abordagem flexível e neutra em termos tecnológicos, tendo enviado recentemente uma carta à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Soluções como motores eficientes, híbridos, combustíveis ecológicos ou hidrogénio têm vindo a ser faladas como possíveis alternativas a um futuro 100 por cento elétrico.

Só em 2040? Proibição de novos carros a combustão na UE pode ser adiada

Afinal, os carros de combustão devem durar mais do que estava previsto na União Europeia – que, agora, admite proibi-los só em 2040. O objetivo inicial era fazê-lo já em 2035.

Bernardo Matias | 20:16 – 09/12/2025

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