Esta terça-feira (16 de dezembro), vai acabar a produção da Volkswagen na “fábrica de vidro” ou “fábrica transparente” devido à sua fachada em vidro. Localiza-se em Dresden. Em 88 anos de história, o construtor nunca tinha encerrado a produção numa fábrica no seu país – a Alemanha.
A data é adiantada pelo Financial Times. O fabricante atravessa um contexto de dificuldades e desafios – em particular devido às pesadas tarifas americanas e à quebra de procura não só na China, como também na Europa. E tem vindo a ter dificuldades para poder alocar o orçamento para os próximos cinco anos.
Colaboração com universidade
As instalações não deixarão de ter atividade. De acordo com a Bloomberg, foi alcançado um acordo com o estado da Saxónia e com a Universidade Técnica de Dresden no sentido de formar uma start-up em que cada uma das duas partes envolvidas vai investir mais de 50 milhões de euros ao longo de sete anos.
Assim, será criado um centro de pesquisa em áreas como a inteligência artificial, robótica e chips – aspetos essenciais nos automóveis de hoje em dia.
Mobilidade elétrica
A fábrica de Dresden tem estado associada à mobilidade eletrificada do Grupo Volkswagen – até porque é lá produzido o 100 por cento elétrico ID.3.
As instalações, famosas pela sua fachada em vidro que permite espreitar o interior em algumas partes, foram abertas em 2002 e produzem cerca de 6.000 exemplares por ano. Cerca de 50 a 60 funcionários poderão ser transferidos ou entrar em programas de reforma antecipada, escreve a Bloomberg.
Simultaneamente fábrica e espaço de exposição, o edifício de Dresden já recebeu a produção de modelos como o Phaeton, o Golf elétrico e o ID.3.
