Em 2026, a Autoeuropa deverá ter a sua produção em suspenso durante 70 dias. A fábrica de Palmela terá de adaptar as infraestruturas, enquanto se prepara para produzir dois novos modelos da Volkswagen.
De acordo com o site Eco, a linha de montagem terá de ser preparada para os novos modelos que lá vão nascer – o novo T-Roc híbrido e o ID.Every 1, cuja versão de produção deverá chegar em 2027.
Para além disso, aquele órgão escreve que vai ser construída uma nova unidade de pintura dos automóveis que vai usar energia elétrica nos fornos de secagem. Tudo isto levará à necessidade de parar por 70 dias, fora as paragens esporádicas habituais que acontecem todos os anos.
Em comunicado, lançado há menos de duas semanas, a Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa refere ter recebido o calendário de produção de 2026, “que inclui paragens significativas“. É admitido o recurso a ferramentas como encerramento e redução temporária de atividade, horários diferentes ou o lay-off.
Trabalhadores contra a redução de turnos
Apesar das paragens previstas, os funcionários da Autoeuropa defendem que não se justificam medidas como redução de turnos, de equipas ou de funcionários – sublinhando o investimento e o crescimento da fábrica do distrito de Setúbal.
Também já há um entendimento para um eventual cenário de lay-off – com a empresa a garantir 28,4 por cento do pagamento. O restante virá da Segurança Social (46,6 por cento) e de ‘down days’ (25 por cento).
Autoeuropa produz quase 90% dos ligeiros em Portugal
Dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP) mostram que, de janeiro a novembro, foram produzidos 226.358 na Autoeuropa – ou seja, 70,7 por cento do total nacional e uma subida de 4,3 por cento face ao mesmo mês do ano passado.
Considerando apenas ligeiros, a Autoeuropa representa 89,4 por cento da produção nacional – sendo, de resto, a única tipologia de automóveis que as instalações concebem.
