Chegou ao fim o acordo da Ford Motor com a LG Energy Solution para o fornecimento de baterias de carros elétricos – sendo cessado recentemente.
A notícia é avançada pela Reuters, que cita a tecnológica sul-coreana. O acordo tinha um valor estimado de cerca de 9,6 biliões de won (o equivalente a cerca de 5,5 mil milhões de euros, à taxa de câmbio atual).
Em outubro do ano passado, as duas partes assinaram acordos para o fornecimento de baterias entre 2026 e 2030 e outro para o período de 2027 a 2032 destinado a baterias para veículos comerciais nos Estados Unidos da América. A produção deveria decorrer na fábrica da LG na Polónia, segundo a agência de notícias Yonhap.
A marca da Coreia do Sul terá anunciado num comunicado à entidade reguladora que o fim do acordo surge depois de ter sido notificada pela Ford sobre a decisão do fabricante em parar a produção de alguns elétricos. Em causa, estão as mudanças de políticas e perspetivas de procura.
Joint venture de baterias alienada
Na semana passada, houve uma outra parceria de baterias para carros elétricos da Ford Motor Company a chegar ao fim – no caso, com a igualmente sul-coreana SK On.
O investimento das duas partes foi superior a 11 mil milhões de dólares, para a construção de fábricas de baterias para carros elétricos nos Estados Unidos da América.
Num comunicado emitido esta semana, a Ford esclareceu: “A Ford, SK On, SK Battery America e BlueOval SK chegaram a acordo para alienação da joint venture. Com este acordo mútuo, uma subsidiária da Ford irá possuir e operar de forma independente as fábricas de baterias no Kentucky. A SK On irá ter propriedade total e operar a fábrica de baterias no Tennessee”.
O contexto nos EUA não é favorável aos automóveis elétricos. No fim de setembro, acabaram os apoios estatais de incentivo à aquisição, que o diretor-executivo da Ford, Jim Farley, admitiu poder levar a uma quebra das vendas em 50 por cento, segundo a CNBC.
Estratégia revista
No início da semana, o construtor americano anunciou uma mudança de estratégia, com menos foco nos elétricos. Em vez disso, pretende que até 2030 metade do seu volume global de vendas seja através de híbridos, elétricos e elétricos com extensor de autonomia (EREV).
Nos EUA, já se sabe que a pick-up F-150 Lighting – atualmente 100 por cento elétrica – passará a ser EREV, com um motor de combustão a servir de gerador de energia para a bateria. No entanto, a tração é elétrica.
Quanto à Europa, a Ford anunciou recentemente uma parceria com a Renault para desenvolver dois automóveis elétricos de baixo custo assentes na plataforma da Ampere e do fabricante francês. Decidiu, ainda, anular a produção de uma nova carrinha elétrica.
