Enquanto a Europa quer que 90 por cento dos novos veículos sejam isentos de emissões até 2035, a China prevê que os motores de combustão – híbridos e extensores de autonomia – representem uma fatia considerável do mercado em 2040.
É o que prevê o Energy Saving and New Energy Vehicle Technology Roadmap 3.0 – uma espécie de plano orientador do desenvolvimento da indústria automóvel nas próximas décadas. Está, agora, na sua terceira versão, sendo que a primeira remonta a 2016.
Apresentado em outubro, segundo o Car News China prevê que em 2040 um terço dos novos automóveis de passageiros vendidos tenham motor de combustão incluído – o que abrange todos os tipos de híbridos e os elétricos com extensor de autonomia.
Posto isto, não quer dizer que no futuro possam existir motorizações térmicas convencionais. O país asiático aposta nas tecnologias híbridas, querendo eletrificar todos os carros até 2035 – sejam eles 100 por cento elétricos ou híbridos de qualquer tipo. Também é dado espaço aos EREV.
É uma abordagem diferente daquela que existe na Europa, onde esta semana a União Europeia reviu em baixa as metas de redução de gases poluentes para 90 por cento até 2035. Os outros dez por cento são compensados através do tipo de aço usado no fabrico e/ou do uso de combustíveis sustentáveis, mas a ideia é a de pôr os motores de combustão num papel muito secundário.
Prevê-se que nos próximos cinco a 15 anos os veículos de novas energias dominem o mercado chinês, tendo uma penetração no mercado superior a 85 por cento até 2040 – 80 por cento deles preveem-se ser elétricos.
Pico de emissões está próximo
As preocupações ambientais estão a motivar o redirecionar da indústria para energias limpas. A China estima que o pico de emissões de gases poluentes relativo ao setor automóvel atinja o pico já dentro de menos de três anos, em 2028. Depois disso, acredita que irá baixar 60 por cento até 2040.
Para além das motorizações dos automóveis, o país asiático quer também ser mais limpo na produção, modernizando o seu ecossistema para ser sustentável e baixo em emissões de dióxido de carbono, tal como inteligente, colaborativo, seguro e guiado por dados.
