Se a generalidade da Europa (e do mundo) continua a assistir a um ritmo de adoção de carros elétricos abaixo daquilo que se esperava há algum tempo, a Noruega segue o caminho inverso.
Dados da Federação Rodoviária Norueguesa (OFV) mostram que apenas 472 dos 19.899 matriculados em novembro não foram elétricos. Por outras palavras, os elétricos representam esmagadores 97,6 por cento das vendas.
Os veículos puramente a gasolina ou a diesel foram, ao todo, 159 (140 a diesel, 19 a gasolina), havendo ainda vendas de híbridos a gasolina e de híbridos plug-in a gasolina e diesel.
No acumulado dos primeiros 11 meses do ano, a Noruega registou novos 144.362 veículos – dos quais 13.887 (95,5 por cento) são elétricos. O diesel e a gasolina, juntos, totalizam 2.025 exemplares matriculados.
Geir Inge Stokke, que lidera a OFV, afirmou ao site da entidade como é que os números se podem explicar: “Este é um novembro historicamente forte. A quota de carros elétricos está num pico recorde, e várias marcas estão a atravessar um crescimento significativo. A incerteza em torno da mudança de IVA proposta para 2026 também está a levar várias pessoas a anteciparem as aquisições de carros. Como o orçamento não foi finalizado e a dedução básica se mantém pouco clara, vários optam por garantir um novo carro sob as condições atuais. Vemos isso claramente nos números, e temos de esperar uma alta atividade de matrículas também em dezembro”.
Tesla em destaque
Ao considerar as marcas, a Tesla vendeu quase um terço do total de viaturas na Noruega em novembro – 6.215, o que representa uma quota de mercado de 31,2 por cento. No total de janeiro a novembro, registou 28.606 automóveis, batendo já o recorde anual no país.
Em novembro, seguiram-se marcas como a Volkswagen, Volvo e BMW – todas elas com mais de 1.000 exemplares matriculados. O modelo mais vendido em novembro na Noruega foi o Tesla Model Y (3.648 novas matrículas), com o Model 3 e o Volvo EX40 a fecharem o top três.
