A Comissão Europeia atendeu ao apelo de vários fabricantes automóveis e países, tornando as suas metas climáticas menos ambiciosas.
Agora, será necessário cortar as emissões de dióxido de carbono em 90 por cento até 2035, sendo os outros 10 por cento compensados pelo uso de materiais e combustíveis sustentáveis.
Entre várias outras propostas, há também a criação de uma categoria de carros pequenos e acessíveis fabricados na Europa.
A Stellantis era um dos grupos que pedia mudanças e uma maior flexibilidade, pretendendo reforçar o seu investimento no continente caso este acontecesse. No entanto, o seu diretor-executivo, Antonio Filosa, não recebeu o novo conjunto de medidas com agrado.
“Este pacote não resolve o problema. Não há nenhuma das medidas urgentes necessárias para virar o setor automóvel europeu para o crescimento”, avisou o dirigente em entrevista ao Financial Times.
E Antonio Filosa sublinhou: “Sem crescimento, torna-se difícil pensar em investir mais. Sem investimentos adicionais, é difícil construir a cadeia de abastecimento resiliente que é vital para os empregos europeus, prosperidade europeia e segurança europeia”.
Para o líder da Stellantis, a viabilidade do caminho flexível anunciado também gera dúvidas, já que os custos “podem não estar ao alcance dos construtores de volume que servem a maioria dos cidadãos”. Defendeu ainda que não existem medidas imediatas para eletrificar os veículos comerciais.
