Está cada vez mais perto o regresso da Ford à Fórmula 1. No fim de janeiro, começam os testes de pré-época em Barcelona, sendo a estreia em pista na parceria com a Red Bull.
Antes disso, o trabalho tem decorrido nas fábricas e nos computadores: “As nossas ferramentas de computador são ótimas, os nossos laboratórios são ótimos para avaliar e desenvolver as peças, e a calibração que está associada, então podemos simular muito nesses ambientes. Mas até juntares tudo numa pista verdadeira, não viste nada“, disse Mark Rushbrook, diretor da Ford Performance, ao Motorsport.com, sem esconder que há “algum nervosismo”.
O responsável do fabricante americano também falou sobre a fase atual do projeto: “É a potência, o desempenho, a fiabilidade, e depois é a maneabilidade, em termos de software e calibração. Quanto a prazos definidos no início do programa, estamos dentro deles. O trabalho, neste momento, está em detalhes da calibração e maneabilidade. Alguns, podem ser feitos em computador, alguns podem ser feitos no laboratório e alguns no simulador em conjunto com os pilotos. É aí que o foco está agora”.
Poderão Red Bull e Ford estar em desvantagem?
As regras de unidades motrizes de 2026 são diferentes das que vigoraram até este ano, mas o motor de combustão pouco muda. A Red Bull e a Ford são estreantes no desenvolvimento de um conjunto propulsor, ao contrário dos demais fabricantes – Honda (antiga parceira da Red Bull), Mercedes e Ferrari.
Nada que preocupe Mark Rushbrook: “Creio que a desvantagem seria só ligeira. Porque, sim, os fabricantes de motores atuais têm todos esses anos de experiência, mas ainda é um pouco diferente com as regras de 2026. E temos muitas pessoas experientes que vieram de outros programas. Então, mesmo se estivermos um pouco atrás com o motor de combustão, não cremos que vá ser por muito e iremos recuperar em tudo o resto“.
Red Bull ataca regresso aos títulos
No ano em que a Ford volta à Fórmula 1 mais de duas décadas depois do projeto da Jaguar, o construtor será parceiro da Red Bull – equipa que procura o regresso aos títulos depois de ter ficado aquém da McLaren em 2025.
Max Verstappen foi vice-campeão, a apenas dois pontos de Lando Norris (McLaren), mas por equipas a Red Bull ficou a quase 400 pontos do topo e em terceiro – também atrás da Mercedes. O holandês continua em 2026, tendo a companhia de Isack Hadjar, proveniente da Racing Bulls para aquela que será a sua segunda temporada na classe rainha.
