Quando se fala em automóveis limpos e de emissões baixas ou reduzidas, o hidrogénio é quase inevitavelmente mencionado – tal como os automóveis elétricos ou híbridos. No entanto, a sua aplicação ainda é muito limitada.
Há construtores a desenvolverem e investigarem soluções, como a BMW, a Hyundai ou a Toyota. A Volkswagen tem uma outra posição, com o seu diretor-executivo, Thomas Schäfer, a revelar algum ceticismo.
O dirigente alemão explicou numa entrevista à Auto Motor und Sport quando questionado sobre o hidrogénio: “Esta é uma discussão sem sentido para o segmento do mercado de massas“.
Thomas Schäfer justificou depois: “Simplesmente não há hidrogénio verde suficiente, as células de combustível são demasiado caras e a tecnologia também não é eficiente“.
Apesar de as tecnologias já serem exploradas há alguns anos, o hidrogénio continua a ser uma solução com limitações significativas no que toca aos custos de produção e à disponibilidade – em Portugal, por exemplo, ainda só há um posto de abastecimento.
No mercado atual, há apenas dois modelos – e nem é em todas as regiões: o Hyundai Nexo, recentemente renovado, e o Toyota Mirai. Também se levantam preocupações e desafios ao nível da eficiência, transporte, acondicionamento e segurança.
No entender o líder da Volkswagen, as motorizações elétricas são a única solução para alcançar uma descarbonização rápida dos carros de produção em massa.
Em especial, para Thomas Schäfer, o futuro do segmento dos utilitários é elétrico, parecendo descartar um futuro Polo a gasolina quando já está confirmado o ID. Polo 100 por cento elétrico no ano que vem – tal como o ID. Cross, enquanto o ID. Every1 chegará em 2027.
