Em 1973, a Ferrari apresentou oficialmente um novo carro, depois de dois anos antes ter revelado o protótipo. Falamos do 365 GT4 BB. Não chegaram a ser produzidos 400 de um modelo que parece ter uma ligação inusitada a Brigitte Bardot.
O desenho esteve a cargo da Pininfarina, pelas mãos de Leonardo Fioravanti. A nomenclatura dos modelos de Maranello seguia simplesmente a cilindrada dos motores.
Mas neste caso foi diferente. Pode ler-se no site do construtor: “Um Ferrari em particular tem um nome incrível gravado na sua carroçaria, o de uma estrela do cinema: é o BB, designado em honra de Brigitte Bardot“.
A explicação? As características do protótipo impressionaram de tal forma o designer e os seus colegas Angelo Bellei e Sergio Scaglietti que, “entre eles, lhe deram a alcunha de Brigitte Bardot, ou BB, como a atriz francesa era conhecida”.
O protótipo foi revelado ao público em 1971 no Salão de Turim como 365 GT4 BB, antes de a versão definitiva estrear-se em Paris em 1973. De facto, 365 é uma referência à cilindrada (4,4 litros) do V12 com cilindros num ângulo de 180º. Debitava 380 cv de potência e o carro podia atingir mais de 300 km/h. GT é a sigla de Gran Turismo e 4 é o número de comandos de válvulas (duas em cada banco de cilindros).
Mas, oficialmente, BB não ficou conhecida como uma sigla de homenagem a Brigitte Bardot: “Um Ferrari com o nome de uma mulher era algo inédito. Então, oficialmente, dizia-se que representava Berlinetta Boxer. Uma solução engenhosa para encobrir uma história de amor”, conta o site da Ferrari.
No entanto, como nota o mesmo artigo, o argumento pouco convencia. Berlineta era um termo usado para carros com carroçaria de berlina e motor dianteiro e não central traseiro como este. Boxer era um motor que não correspondia ao V12 com cilindros abertos que equipa este modelo. Aliás, o próprio designer lendário Mauro Forghieri terá explicado, segundo o CarBuzz, que este propulsor não está correto apelidá-lo de boxer e sim de flat-12.
