O futuro do automóvel é um objeto contínuo de debate, em particular ao nível das motorizações. O contexto é de grande preocupação ambiental e de proliferação de soluções eletrificadas – entre modelos 100 por cento elétricos e híbridos nas suas mais diversas formas.
Christian von Koenigsegg, proprietário do construtor de super carros homónimo, propôs recentemente um conceito potencialmente melhor do que os carros 100 por cento elétricos – motorizações híbridas alimentadas a diesel e não a gasolina como é habitual.
O sueco referiu ao CarBuzz recentemente: “Um híbrido a diesel seria fantástico. Se não se puder usar diesel nas cidades, simplesmente desliga-se e há uma bateria com um tamanho razoável. E para as viagens longas ocasionais, usa-se HVO, que é diesel renovável. Digamos que cinco por cento da condução é em HVO”.
Segundo a ideia de Christian von Koenigsegg, com uma bateria relativamente compacta o carro poderia ser 300 kg mais leve do que um 100 por cento elétrico – trazendo igualmente benefícios ao nível da autonomia: “É muito melhor para o ambiente e ninguém está a pensar nisso”, observou.
O conceito sugerido pelo diretor-executivo da Koenigsegg permitiria fazer boa parte das deslocações habituais apenas com recurso à eletricidade, enquanto o motor a combustão seria chamado para intervir em viagens mais longas.
O gasóleo em causa – HVO – é renovável e de origem não fóssil, uma vez que é fabricado a partir de resíduos orgânicos ou de óleos vegetais. Assim sendo, também tem vantagens do ponto de vista ambiental, mitigando as emissões poluentes.
É bom referir que a Comissão Europeia propõe, a partir de 2035, que apenas dez por cento dos automóveis podem ter motorizações associadas a emissões de dióxido de carbono. Esses devem compensá-las através do uso de combustíveis sintéticos, assim como através do fabrico com aço de baixo carbono. Ou seja, uma solução como a proposta por Christian von Koenigsegg teria o seu espaço no mercado por regulamento.
