Está finalizado o segundo dia do Grande Prémio de Portugal de MotoGP da temporada 2024. Um dia de sábado em que o sol brilhou com maior intensidade sobre o Autódromo Internacional do Algarve (AIA), e onde, mais uma vez, o piloto português Miguel Oliveira foi um dos destaques em pista.
Neste segundo dia a enfrentar a ‘Montanha Russa’ algarvia, Miguel Oliveira e a equipa americana Trackhouse Racing esperavam conseguir encontrar soluções para os problemas de aderência na Aprilia RS-GP24 #88.
Porém, desde o Treino Livre 2 que abriu a manhã, e onde foi apenas 17º, passando pela qualificação em que não conseguiu passar à Q2 tendo garantido o 15º lugar na grelha de partida para as corridas do Grande Prémio de Portugal, cedo se percebeu que este sábado algarvio seria mais uma vez de dificuldades.
Na corrida Sprint de MotoGP vimos Miguel Oliveira a batalhar no meio do pelotão da categoria rainha, e depois de se consolidar em 12º, durante algumas voltas pareceu que o português da Trackhouse Racing conseguiria mesmo passar por Marco Bezzecchi (Pertamina Enduro VR46).
Porém, na entrada do último terço da Sprint, Miguel Oliveira viria a perder terreno, tendo então finalizado a corrida Sprint com um 12º lugar e desta forma sem conseguir entrar nos lugares de pontos (relembramos que nas corridas curtas apenas pontuam os 9 primeiros).
Em reação ao segundo dia de Grande Prémio de Portugal, e em declarações reproduzidas pela Sport TV, o piloto português, que continua a usufruir de enorme apoio dos fãs portugueses nas bancadas do AIA, que tentam ajudar fora da pista a dar a volta à situação menos positiva em pista, explicou o que aconteceu neste sábado de MotoGP no Algarve:
“Fiz uma boa volta (na Q1), mas não foi suficiente para disputar os dois primeiros lugares para a Q2. Depois do 5º ao 15º tudo separado por três décimas, tudo bastante colado. No arranque não foi dos meus melhores arranques, tive um problema com o meu dispositivo. Durante todo o fim de semana nunca consegui engatar o sistema, literalmente, e, portanto, tive de começar com a moto mais alta na dianteira. Um arranque que foi o possível, e a corrida com dificuldades ainda assim porque a moto está bastante desequilibrada entre a traseira e a frente”.
Nem tudo é mau dentro do ponto de vista da Aprilia enquanto marca. A vitória de Maverick Viñales (Aprilia Racing) na Sprint do GP de Portugal deixa espaço para que as restantes motos de Noale consigam encontrar algo diferente para se mostrarem mais competitivas.
Sobre isso, Miguel Oliveira refere que “O positivo é que temos dados de uma moto que acabou de vencer a Sprint. Vamos tentar aproveitar esses dados para que se possa melhorar para amanhã. Não sei se é um problema solucionável, mas obviamente vamos tentar fazer o melhor no arranque, como sempre. Espero que amanhã o facto de andarmos todos com o pneu médio traseiro permita juntar muito mais o pelotão. Mas, sinceramente, não consigo fazer esse prognóstico. Espero amanhã poder disputar uma posição dentro do Top 10 que é o meu objetivo”.
Quando questionado se será possível, em conjunto com a Trackhouse Racing, aproveitar os dados de Viñales para solucionar os problemas da Aprilia RS-GP24 #88, Miguel Oliveira respondeu de forma bastante conclusiva:
“Não há nada neste desporto que se possa fazer copy / paste. Todos os pilotos têm estilos de pilotagem diferentes, e por isso temos de encontrar nós próprios o nosso caminho”, dando claramente a entender que a solução para os seus problemas terá de ser encontrada dentro da própria equipa Trackhouse Racing e não procurando soluções fora da estrutura americana.
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