As superdesportivas tetracilíndricas alemãs acabam de ganhar uma série de novidades técnicas e tecnológicas tendo em vista 2025. A BMW Motorrad anunciou que a M 1000 RR como a S 1000 RR recebem melhorias, tanto do ponto de vista técnico como do ponto de vista da tecnologia.
O maior destaque na gama de superdesportivas vai inteiramente para a mais exótica M 1000 RR. A moto que, pelas mãos de Toprak Razgatlioglu, permitiu à marca alemã conquistar o seu primeiro título no Mundial Superbike.
Para garantir que a M 1000 RR se mantém no topo da categoria, a BMW Motorrad decidiu aplicar a esta ‘receita exótica’ diversas novidades.
Começando pelo motor. É o mesmo quatro cilindros em linha de 999 cc com tecnologia ShiftCam, mas que agora anuncia uma potência de 218 cv. Um aumento de 6 cv em comparação com a geração anterior.
O aumento da performance acontece devido a modificações nas válvulas de titânio, aumento da taxa de compressão que sobe de 13.5:1 para os 14.5:1, geometria da caixa de ar redefinida, câmara de combustão redesenhada, borboletas de acelerador de maior diâmetro, e ainda um sistema de escape em titânio que foi adaptado para otimizar a performance.
Mais potência exige melhor controlo. E nesse departamento a BMW Motorrad adapta por completo a aerodinâmica da M 1000 RR para corresponder às novas exigências.
Destaca-se a utilização das denominadas M Winglets 3.0. São já a terceira geração das asas que a marca criou em exclusivo para a M1RR, e que agora conseguem, de acordo com a BMW Motorrad, gerar uma força descendente de 30 kg a 300 km/h, sendo que a velocidade máxima oficial é de 314 km/h. Refira-se também que pequenas alterações no quadro permitiram otimizar a rigidez estrutural, com influência na agilidade e maneabilidade em situações limite.
Para os pilotos que quiserem levar a M 1000 RR ao limite em pista, a boa notícia é que as novas asas 3.0 não funcionam apenas em linha reta. De acordo com a BMW Motorrad, o novo desenho e dimensões das asas frontais da superdesportiva conseguem criar uma força descendente que permite melhorar a aderência da moto em inclinação, o que se traduzirá em velocidade de passagem em curva mais elevada.
Do ponto de vista da eletrónica, a M 1000 RR destaca-se agora por receber o Slide Control, um sistema que permite derrapar com a traseira de forma controlada.
Dá uso à unidade de medição de inércia de 6 eixos e a sensores na direção, e depois utiliza dados como condições do asfalto ou características do pneu traseiro para ajustar, de forma automática e dinâmica, a forma como a potência e binário são disponibilizados de forma a manter a roda traseira a deslizar lateralmente e de forma controlada.
O Slide Control permite mesmo que o condutor da M 1000 RR selecione entre dois níveis de intervenção, garantindo assim que o sistema se adapta de acordo com o nível de experiência de cada um.
Já o Brake Slide Assist ajuda o condutor ou piloto desta superdesportiva a gerir da melhor forma o momento de travagem, mesmo nas situações mais extremas. Os dois sistemas trabalham em conjunto com a unidade de medição de inércia, e por isso são parametrizados de acordo com a posição da moto.
E convém não esquecer que esta moto pode transformar-se numa proposta ainda mais exótica caso o proprietário decida adquirir o opcional Pack M Competition, onde a fibra de carbono é usada… e abusada!
Se a mais exótica superdesportiva não é o que procura e deseja algo mais ‘subtil’, mas ainda assim bastante agressivo, então a BMW Motorrad tem para si a nova S 1000 RR. Esta foi a moto que posicionou a marca de Munique entre o topo das marcas que disputam o Mundial Superbike, em 2009, apresentando-se agora como a opção mais estradista da gama de superdesportivas da marca.
O motor quatro cilindros mantém a potência de 210 cv, o pacote aerodinâmico é atualizado com a instalação das novas asas que, no caso da S 1000 RR, geram uma força descendente de 23,1 kg a 300 km/h, e o guarda-lamas dianteiro apresenta um novo desenho, integrando agora condutas de refrigeração dos travões dianteiros.
As carenagens laterais foram também alvo de retoques para as tornarem mais ‘agressivas’ visualmente, enquanto os modos de condução Race Pro passam a estar incluídos de série, alargando as opções que estão disponíveis neste departamento.
Os modos Race Pro abrem uma janela de personalização das ajudas eletrónicas significativamente maior do que os modos ‘normais’, sendo particularmente adaptados para uso em pista, visto que inclusivamente contam com modo de funcionamento para pneus slick.
Como última nota de destaque e que podemos encontrar tanto na M 1000 RR como na S 1000 RR, convém ter em conta que a marca alemã instala nestas novidades 2025 o acelerador de curso curto M, que reduz o ângulo de rotação para 58 graus e ajuda o condutor a controlar de forma mais precisa o acelerador.
Galeria de fotos BMW Motorrad M 1000 RR e S 1000 RR
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