A empresa sueca, controlada pelo fabricante chinês Geely, quer reduzir os custos em 18.000 milhões de coroas suecas (o equivalente a cerca de 1.660 milhões de euros), procurando alcançar uma base de custos “estruturalmente mais baixa” e mais eficiente, numa altura em que a indústria automóvel enfrenta “riscos consideráveis”.
Os despedimentos vão afetar principalmente os postos de trabalho na Suécia e representam cerca de 15% do número total de efetivos em cargos administrativos.
Segundo o grupo, serão suprimidos cerca de 1.200 postos de trabalho na Suécia e 1.000 postos de trabalho ocupados por consultores baseados principalmente no país nórdico.
“Estas mudanças estruturais são necessárias para que a Volvo Cars possa cumprir a sua estratégia a longo prazo, reforçando a sua base para um crescimento rentável”, indicou a empresa em comunicado.
A fabricante automóvel sueca, que tem mais de 42.000 funcionários, registou um lucro líquido de 15.900 milhões de coroas suecas (1.399 milhões de euros) em 2024, o que representa um aumento de 13% face ao ano anterior.
No ano passado, a Volvo Cars vendeu 763.400 veículos, um aumento de 8% face a 2023, dos quais 23% eram automóveis totalmente elétricos.
Em abril, o presidente executivo (CEO) do grupo alertou que a Volvo Cars teria de se adaptar a “um mundo mais regionalizado”, referindo-se à guerra comercial em curso, particularmente entre os Estados Unidos e a China.
Nos Estados Unidos, o grupo sueco enfrenta um aumento das taxas alfandegárias sobre os automóveis fabricados fora dos Estados Unidos, que estão sujeitos a uma sobretaxa de 25% desde o início de abril (15% para o México).
Já no início de abril, o CEO do grupo anunciou que iria aumentar o número de automóveis fabricados nos Estados Unidos e que provavelmente iria transferir a produção de um novo modelo para a fábrica americana na Carolina do Sul.
No final de abril, a empresa inaugurou uma nova linha de produção dedicada ao seu pequeno SUV elétrico EX30 na sua fábrica em Ghent, na Bélgica.