Com a mobilidade eletrificada a ganhar cada vez mais espaço, a General Motors explora diversas das possibilidades que existem no que toca à tecnologia para as baterias destinadas a viaturas elétricas.
O conglomerado automóvel possui o moderno centro Wallace Battery Cell Innovation no Michigan desde 2022. A General Motors investe, assim, no desenvolvimento debaixo da sua própria alçada, o que lhe confere maior controlo durante todo o processo de conceção e integração nos automóveis.
Kushal Narayanaswamy, diretor de engenharia de célula de bateria avançada na GM, revelou ao site InsideEVs: “A nossa equipa de pesquisa e desenvolvimento na GM continuou a olhar ativamente para tecnologias de estado sólido, sejam estado sólido completo, com base em sulfeto, óxido ou em cerâmica. A nossa equipa de pesquisa e desenvolvimento está também a olhar para os iões de sódio”.
As baterias de estado sólido são vistas como potencialmente fulcrais para o futuro da mobilidade elétrica, oferecendo vantagens a vários níveis – desde a segurança ao tempo de carregamento. Mas produzir em massa promete não ser uma tarefa fácil, pelo menos nesta fase. A GM está a “explorar ativamente” esta vertente, embora ainda não tenha confirmado planos para a sua comercialização nem feito a integração em protótipos como outros construtores.
Outra tecnologia atualmente a ser investigada pela indústria é a das baterias de iões de sódio, ainda numa fase muito inicial. Têm um bom perfil de segurança (são menos suscetíveis às temperaturas) e um potencial de baixo custo ao não dependerem de terras raras (o sódio é consideravelmente mais abundante). Uma desvantagem é a menor densidade energética por comparação com as típicas baterias de iões de lítio.
Relativamente às baterias de iões de sódio, Kushal Narayanaswamy explicou: “Temos o conhecimento técnico. Tem mais a ver com obter a cadeia de abastecimento e garantir que existe a aplicação correta para isso”.
A segurança, assim como os custos para o cliente, a autonomia e o (acelerar) dos tempos de carregamento, são aspetos para os quais os fabricantes procuram soluções cada vez mais práticas e acessíveis.
Na General Motors, estão a ser trabalhadas sete diferentes químicas de ânodos e cátodos, incluindo algumas das atuais baseadas em níquel e lítio rico em manganês, além do silicone.
O fabricante pretende integrar ânodos de silicone em veículos elétricos (sendo que um maior teor de silicone pode representar melhorias na autonomia e tempo de carregamento). Relativamente à tecnologia de lítio rico em manganês, a GM tem por objetivo lançar as suas primeiras células em 2028. É expectável uma autonomia superior a 643 km, para além de ganhos consideráveis do ponto de vista do peso.
Marcas da GM eletrificadas
Sediada no Michigan, a General Motors possui algumas das marcas mais conceituadas dos Estados Unidos da América – incluindo a Buick, Cadillac e Chevrolet. Sob a sua alçada estão, ainda, as chinesas Baojun e Wulling.
Há diversos modelos elétricos na gama da Cadillac, incluindo o Celestiq, o CT6, O Escalade IQ ou o Optiq. A Chevrolet tem, na sua gama, o Blazer EV, o Equinox EV ou o Silverado EV, totalmente elétricos. A marca Chevrolet Corvette tem, também, o E-Ray híbrido e a gama ZR1 igualmente híbrida. Do mesmo modo, a Buick e a GMC – menos conhecidas na Europa – têm modelos elétricos.
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