Uma situação assustadora ao conduzir, especialmente a velocidades mais altas, é o rebentamento de um pneu de um carro. Mas pode acontecer, independentemente da velocidade de circulação, e representa riscos de acidentes graves.
De acordo com as primeiras informações da imprensa internacional, o acidente que esta quinta-feira vitimou o futebolista Diogo Jota e o irmão André Silva pode ter resultado do rebentamento de um pneu.
Como é tendência de toda a indústria, os pneus são cada vez mais seguros, graças aos materiais e técnicas empregues na sua conceção. Do mesmo modo, os automóveis – em especial os mais modernos – têm sistemas que avisam para potenciais defeitos ou problemas de pressão.
Mesmo assim, o risco não é nulo. Desde negligência com a manutenção e mudança dos pneus, a excesso de carga ou de velocidade, assim como o contacto com irregularidades do piso e objetos, podem originar a situação temida de um rebentamento.
Calor: Se a temperatura interior de um pneu subir, o ar dentro do pneu – sob pressão – aquece e expande-se. Este é um problema, sobretudo, no verão. Pode chegar a um ponto de rutura em casos extremos.
Pressões incorretas: Pressões fora dos parâmetros, seja por excesso ou por defeito, podem causar rebentamentos. A causa mais comum destes incidentes é pressão menor do que o recomendável (portanto, menos ar no pneu) As paredes laterais vão flexionar e a superfície de contacto com o piso é maior – o que gera mais fricção. Daí, é gerado mais calor, e voltamos ao ponto interior. A integridade da borracha do pneu também pode ficar comprometida.
Velocidade em excesso: Quanto maior a velocidade, maior o ‘stress’ colocado no pneu e maior a temperatura gerada, o que pode levar a rebentamento.
Carga em excesso: As viaturas são concebidas para transportar um peso máximo entre ocupantes e carga. E os níveis de pressão dos pneus recomendáveis também podem variar consoante os quilogramas a bordo. Se as indicações do fabricante forem desrespeitadas, o funcionamento dos pneus pode ficar comprometido de tal forma que chega ao ponto de rebentamento.
Estado do pneu: Deve verificar regularmente o estado e integridade do pneu. Mesmo que não exista um desgaste acentuado, a borracha pode estar danificada. Quando o pneu é mais velho, a borracha pode ficar ressequida e oxidada, comprometendo toda a segurança.
Contactos com objetos/irregularidades da via: Um pneu em bom estado pode rebentar subitamente se atingir irregularidades no piso ou for perfurado gravemente por um objeto na via – embora, na maioria das situações, o resultado sejam furos lentos.
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