Terão sido suspensos os planos de um Honda SUV elétrico de grandes dimensões. O lançamento estava previsto para 2027, mas tudo indica que tal não irá acontecer.
O Nikkei Asia escreve que o fabricante japonês tomou esta decisão quando pretende recuar no investimento em veículos totalmente elétricos.
A redução é de dez biliões de ienes (cerca de 58,3 mil milhões de euros) para sete biliões de ienes (sensivelmente 40,8 mil milhões de euros).
Em vez disso, a Honda centra as atenções em alternativas híbridas. Vê-se nestas um maior potencial de lucros, numa mudança de foco que também outros fabricantes já seguiram – como a Toyota. O que, no caso da Honda, não interfere com o lançamento planeado para 2026 de um novo sedan e um SUV de médias dimensões totalmente elétricos.
Esse futuro modelo, que em abril foi avistado em Tóquio, teve a sua estreia mundial em janeiro passado na CES 2025 em Las Vegas. É o novo 0 SUV, com base no igualmente concetual Space-Hub desvendado no mesmo certame do ano anterior.
Este constitui a base do primeiro Honda 0 Series. O lançamento está previsto para a primeira metade de 2026 – primeiro na América do Norte e, depois, estendendo-se a outros mercados (incluindo o europeu).
Atualmente, a Honda tem um crossover SUV médio já disponível nos Estados Unidos da América – o Prologue, que foi desenvolvido em conjunto com a General Motors e lançado em março do ano passado.
Neste momento, alguns construtores parecem estar a colocar em segundo plano opções totalmente elétricas, para se focarem, antes, em híbridos. Assim, mantêm parcialmente motores de combustão. A MINI, por exemplo, já tem modelos 100 por cento elétricos, mas fez saber há poucos meses que não pretende abandonar os propulsores convencionais em breve.
A União Europeia quer ‘banir’ os carros a gasolina e gasóleo na próxima década, alcançando a neutralidade carbónica em novas viaturas a partir de 2035. No entanto, os fabricantes continuam a acreditar na combustão – pensando em alternativas como combustíveis livres de carbono, incluindo sintéticos e o hidrogénio.
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