Sem categoria Fórmula 1 à chuva? A ‘sugestão’ cara e inconvencional de Alonso

Fórmula 1 à chuva? A ‘sugestão’ cara e inconvencional de Alonso


A chuva que caiu em Spa-Francorchamps impediu que a corrida do GP da Bélgica de Fórmula 1 começasse à hora prevista. O adiamento foi de cerca de 80 minutos, algo contraproducente do ponto de vista do espetáculo e das audiências para os adeptos no circuito e para aqueles a assistirem pela televisão.

 

Não foram as condições de aderência nem a segurança dos pneus de chuva a dominarem as preocupações, mas sim a falta de visibilidade. A dispersão de água causada pelos carros (o ‘spray’) impede os pilotos que estão atrás de alguém de verem adequadamente o que está à frente, e isso pode gerar acidentes perigosos.

Quando se fala acerca deste fenómeno, associa-se ao design dos carros e pneus atuais. Mas, e se parte da solução para viabilizar corridas com chuva passasse pelo próprio pavimento? Fernando Alonso disse citado pelo site Motorsport.com que os pneus largos afetam negativamente a visibilidade devido à água projetada.

Mas também considera o asfalto problemático: “É um pouco diferente do que foi no passado. Porque corremos com muita água em Sepang e esteve sempre bem. E agora, esta nova geração de asfalto, que é muito negra e muito aderente em condições secas, é como um espelho quando está de chuva. E a visibilidade não é boa. Mas não sei o que podemos fazer aqui ou o que os pneus podem fazer num asfalto muito áspero”, comentou.

Fernando Alonso partilhou, então, uma possível solução: “Mesmo em algumas das autoestradas, eu disse várias vezes que algumas autoestradas não têm qualquer ‘spray’. Então, se implementarmos esse asfalto em todos os circuitos como regra normal, teremos zero ‘spray’“.

E não é só o veterano com mais de 20 anos de Fórmula 1 que sugere intervir no asfalto: “Penso que há certos tipos de asfaltos que, se os colocasses numa reta, não existiria ‘spray’, e existem, mas os circuitos não os têm. A maioria dos circuitos não os têm. No fim de contas, o maior problema para nós é a visibilidade. É isso que nos impede de correr”, referiu Carlos Sainz, da Williams, citado também pelo Motorsport.com.

Dito isto, Alonso reconheceu que esse tipo de asfalto mais permeável (Revestimento Asfáltico Drenante) também poderá estar associado a uma maior degradação dos pneus com piso seco. Esse é um dos potenciais entraves à ideia, tal como a despesa que representaria pavimentar todos os circuitos do calendário ou a tarefa de implementação do tipo de asfalto em causa – que é o oposto do pisos usados em quase todas as pistas de Fórmula 1.

E se são bons para evitar a acumulação de água, esse tipo de pavimentos representam custos maiores e são sujeitos a que detritos e areias entrem nos espaços vazios do agregado. É um problema que se verifica na pista do Bahrein, que tem um destes asfaltos mais abertos.

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