Ao falar de transição para carros elétricos, podem vir logo à ideia países como a Noruega. Mas há um em particular que está numa posição de destaque e é relativamente improvável – o Nepal.
Segundo o The New York Times, no último ano 76 por cento das viaturas de passageiros lá vendidas eram elétricas, enquanto metade dos veículos ligeiros comerciais tinham motorizações elétricas.
Há cinco anos, os elétricos praticamente não tinham expressão e, agora, a quota de mercado está acima dos 20 por cento da média global. O país está, agora, apenas atrás da Noruega, Singapura e Etiópia. As políticas governamentais são essenciais para estes resultados.
O território nepalês em um elevado potencial hidroelétrico para aproveitar, sendo que o país tenciona diminuir a poluição atmosférica e estar menos dependente da importação de combustíveis fósseis.
E, ao lado do Nepal, está a China – que domina a produção de veículos eletrificados. O diretor geral do Departamento Aduaneiro nepalês, Mahesh Bhattarai, fala de uma “vantagem comparativa” no uso de automóveis elétricos – tirando proveito dos modelos chineses.
Os fatores para o sucesso dos carros elétricos
Para além de os concessionários terem os modelos disponíveis e da já referida capacidade hidroelétrica, o Nepal está, também, a expandir rapidamente a rede de postos de carregamento – foram construídas 62 estações em Katmandu e em autoestradas, pela Autoridade Elétrica Nacional, além de ser facilitada a construção de pontos de carregamento por privados.
Existiu, igualmente, uma forte aposta em incentivos – incluindo a redução das taxas de importação e impostos. E, não menos importante, foi a fixação dos custos de eletricidade para carregadores, que ficam abaixo das tarifas normais de mercado – o que passou a significar que abastecer um carro a gasolina podia sair até 15 vezes mais caro.
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