Centenas de trabalhadores envolvidos na construção da nova fábrica da Hyundai no estado americano da Geórgia foram detidos esta quinta-feira. Tiveram de ser paradas as obras de construção daquelas instalações, que serão dedicadas à produção de baterias para automóveis em parceria com a LG Energy Solution a partir do fim do ano.
O órgão de imprensa sul-coreano Korea Economic Daily fala na detenção de cerca de 560 funcionários – com cerca de 300 cidadãos sul-coreanos envolvidos. A fábrica de baterias da Hyundai na Geórgia garantiu que está a cooperar com as autoridades e interrompeu as obras, escreve a Reuters.
De acordo com aquele serviço noticioso, um agente do Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS) esclareceu que a ação foi levada a cabo por várias agências, sob autorização judicial, enquanto decorre “uma investigação sobre práticas de emprego ilegais”.
Já o The New York Times reporta que, entre os detidos nesta ação contra a imigração ilegal estão também executivos. Há funcionários da Hyundai e da LG Energy Solution envolvidos, diz a empresa tecnológica citada por aquele jornal nova-iorquino.
Steven Schrank, agente especial que lidera as Investigações de Segurança Interna da Geórgia, confirmou que existiram detenções, enquanto o escritório de Atlanta da agência AFT do Departamento de Justiça anunciou na rede social X a detenção de cerca de 450 imigrantes ilegais.
Coreia do Sul reagiu
Today, @ATFAtlanta joined HSI, FBI, DEA, ICE, GSP and other agencies in a major immigration enforcement operation at the Hyundai mega site battery plant in Bryan County, GA, leading to the apprehension of ~450 unlawful aliens, emphasizing our commitment to community safety. #ATF pic.twitter.com/su6raLrLu6
— ATF Atlanta (@ATFAtlanta) September 4, 2025
Já da parte do governo da Coreia do Sul, país de onde a Hyundai e a LG são oriundas, revelou que os detidos se encontram no centro de detenções do Serviço de Imigração e Alfândegas dos EUA.
O porta-voz do ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul, Lee Jae-woong, falou das detenções em comunicado, onde alertou: “As atividades económicas das nossas empresas a investir nos Estados Unidos e os interesses dos nossos cidadãos não podem ser violados indevidamente na aplicação da lei dos EUA”.
Nos últimos tempos, as relações entre os EUA e a Coreia do Sul têm tido algumas divergências devido ao acordo comercial. Em agosto, Seul prometeu investir 150 mil milhões de dólares nos Estados Unidos, com a Hyundai a representar 26 mil milhões de dólares. Por outro lado, desde que foi eleito para regressar à Casa Branca como Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump tem exercido uma dura política anti-imigração, que já originou milhares de detenções e deportações.
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