Continuam a circular e-mails fraudulentos que ‘notificam’ sobre supostas infrações de trânsito. Deve ter cuidado para não cair nos esquemas dos infratores.
Numa recente mensagem, vista pelo Notícias ao Minuto, um endereço com domínio da Suíça designa-se como “Autenticação Gov” (tentando, pois, o ‘disfarce’ da aplicação móvel governamental para aceder a variados serviços por via digital).
No e-mail em causa, é solicitado o pagamento de uma coima de 120 euros por “uma infração ao Código da Estrada cometida em território português”, no “prazo de 30 dias a contar da data de receção desta notificação”.
É fornecida uma ligação para o suposto “Gabinete de contraordenações” e fica a ameaça de “custos adicionais” e “ações legais” caso falhe o prazo do pagamento – ou seja, há aqui uma coação psicológica para levar o lesado a agir inadvertidamente.
A assinatura termina com outro sinal claro de fraude: “Serviço de contraordenações – República Portuguesa”.
Como identificar um esquema fraudulento?
No caso a que tivemos acesso, é fácil perceber pelo endereço de e-mail que enviou a mensagem que não se trata de uma entidade ou organismo oficial ao ver-se o domínio (após o @). Mas há outros sinais possíveis.
Este tipo de e-mails revela, frequentemente, alguns erros ortográficos ou de variante do Português (“Prezado (a) Senhor (a)”, assim se lia na saudação inicial). Também não há um “Serviço de contraordenações”.
O Auto ao Minuto contactou a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, no sentido de perceber como lidar e identificar este tipo de fraudes e se existem notificações da entidade por correio eletrónico. Não obtivemos resposta até ao momento de publicação deste artigo.
No site da entidade, existem, no entanto, orientações gerais: são “tentativas de obter informações pessoais em nome de uma entidade oficial”, ou ‘phishing’.
Não deve clicar nas ligações enviadas, nem realizar pagamentos. A ANSR, entidade competente em matéria de infrações rodoviárias, envia sempre as notificações “por correio físico”.
Já a DECO PROteste lembra que fontes oficiais governamentais utilizam domínios próprios e não de fornecedores genéricos. A urgência, hiperligações duvidosas (que podem levar a ‘phishing’ ou a instalação de programas maliciosos) ou ficheiros suspeitos também são sinais de alerta.
O e-mail fraudulento a que tivemos acesso© Notícias ao Minuto
Os sinais ‘flagrantes’ de fraude© Notícias ao Minuto
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