Numa altura em que os motores de combustão têm o seu futuro em dúvida, a Porsche submeteu a patente de um propulsor que impressiona, ao poder ter até 18 cilindros e três turbocompressores.
Há imagens que detalham seis cilindros em cada banco, nos documentos disponíveis no site da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (WIPO). A arquitetura é diferente de outras configurações anteriores de motores do Grupo Volkswagen.
A patente faz esta referência a 18 cilindros, mas ressalva que o motor “pode também ter um número diferente de cilindros”. É mencionado que tem “pelo menos um turbocompressor de gases de escape” mas, “preferencialmente, cada banco de cilindros tem um turbocompressor de gases de escape atribuído“. Ou seja, como são propostos três bancos de cilindros a 60º, o propulsor poderia ter até três turbos.
As vantagens
Um dos desenhos da patente© Porsche / WIPO
Segundo a Porsche detalha na patente, as perdas friccionais no fluxo de ar são reduzidas e é possível conseguir um “rácio de preenchimento melhorado”. Por outro lado, o design possibilita manter a temperatura do ar sugado o mais fresca possível e “pode formar-se uma separação clara entre a entrada de ar” e os gases de escape – “para que o ar fresco a ser sugado não possa aquecer devido ao calor das paredes e à sua transição através do dispositivo de descarga dos gases de escape”.
O resultado é um “aumento da potência disponível no motor de combustão interna com uma cilindrada inalterada“. Em suma, é um conceito de propulsor aprimorado, mais potente e eficiente.
Será um motor de produção?
Resta saber se esta patente sairá, algum dia, do papel – e, se tal acontecer, em que tipo de modelos. No entanto, é habitual os construtores patentearem conceitos que nunca passam à produção, deixando a sua propriedade intelectual protegida.
Apesar de um futuro incerto para os motores de combustão – que podem ser banidos da União Europeia a partir de 2035 – é também verdade que recentemente a Porsche anunciou o adiamento dos seus planos de eletrificação e ‘estendeu’ a vida útil das motorizações convencionais. Um passo que está a ser dado, igualmente, por outros fabricantes, quando os automóveis elétricos apresentam uma procura muito abaixo do que era esperado.
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