Neste momento, a Volkswagen ainda não tem falta de fornecimento de ‘chips’, devido à crise oriunda dos Países Baixos e da Nexperia.
Em setembro, o governo dos Países Baixos assumiu o controlo da Nexperia, detida por uma empresa chinesa. Alegou, na altura, preocupações sérias com a governação da firma. Como forma de retaliação, a China proibiu exportações de certos elementos por parte da Nexperia China e das suas subcontratantes.
Oliver Blume, diretor-executivo do Grupo Volkswagen, explicou ao Bild am Sonntag: “A atual crise dos ‘chips’ mostra o quão frágil é o nosso mundo. Ao contrário da última crise dos semicondutores, esta envolve ‘chips’ muito simples que são usados em várias indústria e, especialmente, nos carros”.
Por agora, a Volkswagen tem stock suficiente, segundo o dirigente: “No curto prazo, estamos fornecidos dentro do Grupo Volkswagen. Precisamos de uma rápida solução política”.
A situação da Nexperia faz temer interrupções de produção caso a crise se prolongue e o fornecimento fique comprometido. Se isso acontecer, poderá afetar vários construtores europeus – incluindo o Grupo Volkswagen, que abarca também marcas como a Audi, Cupra, Porsche ou Seat.
Na semana passada, a publicação Autocar britânica noticiou que os funcionários da Volkswagen terão sido alertados de que não se descartam potenciais efeitos na produção devido “à situação dinâmica”.
A empresa terá mesmo entrado em contacto com o governo alemão sobre a possibilidade de implementar um programa subsidiado para evitar ‘layoffs’ em massa.
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