A Stellantis está a acompanhar com preocupação e atenção a crise da Nexperia, que pode levar à escassez de ‘chips’ para várias indústrias – incluindo o setor automóvel.
Segundo a agência Reuters, foi criado um “gabinete de guerra” no conglomerado automóvel. O seu diretor-executivo, Antonio Filosa, anunciou numa chamada com analistas: “Estamos a monitorizar dia a dia a situação dos ‘chips’ da Nexperia. Todos os dias estamos a implementar ações e projetos“.
O dirigente fala de uma “gestão dia a dia” e de um problema que afeta a indústria globalmente.
Também a Volkswagen está atenta ao desenrolar desta situação. Apesar de ter o fornecimento garantido “no curto prazo”, o grupo alemão não descarta possíveis perturbações e o seu diretor-executivo, Oliver Blume, disse ao Bild am Sonntag que é necessária “uma rápida solução política“.
O governo dos Países Baixos assumiu temporariamente o controlo da Nexperia em setembro, por ter preocupações relativas à governação e à transferência de tecnologia para a China. Pequim respondeu com a proibição de alguns materiais da Nexperia China e respetivas subcontratantes.
O setor automóvel no geral está preocupado com possíveis paralisações de produção devido à situação, com a Associação Europeia de Fabricantes Automóveis (ACEA) a alertar para esse cenário. Os ‘chips’ são componentes essenciais para o fabrico de automóveis.
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